Escreve a TVI que "o debate da moção de censura do PS foi, para Marcelo Rebelo de Sousa, o melhor momento para o governo e Pedro Passsos Coelho, durante uma semana particularmente difícil: «Pedro Passos Coelho chegou muito enfraquecido à moção de censura, mas há uma pessoa e um sítio a quem ganha sempre os debates: António José Seguro e o Parlamento. É dinheiro em caixa», afirmou. Considerando «surrealista» que o líder do PS não tivesse aproveitado o debate da moção para «apresentar a sua alternativa ao governo», Marcelo concluiu: «mesmo em péssima forma, Passos Coelho, esteve melhor que Seguro, e Paulo Portas melhor que Zorrinho», concluiu. Já o debate de sexta-feira foi de sinal contrário, afirmou, apontando um erro estratégico a Passos Coelho: «Este é o único governo do mundo em que o primeiro-ministro não acnuncia as novidades, anunciam os ministro e depois ele imita-os. É o mundo de pernas para o ar», afirmou. Por outro lado, Marcelo referiu ainda que em sua opinião Passos Coelho não deveria ter comentado a saída de Miguel Relvas como o fez: «Caiu na armadilha da oposição ao responder seis vezes sobre o assunto», frisou. Marcelo considerou «péssima» a declaração política de Miguel Relvas na hora da saída: «Algum ministro na história da nossa democracia fez uma declaração ao país, para a história, no momento em que saiu?» questionou, ao mesmo tempo que criticou o timing do anúncio: «Se é verdade que a saída estava falada com o primeiro-ministro há semanas, porque foi sair na pior semana possível para o governo?» perguntou considerando ainda que era de evitar que Relvas recordasse nessa declaração «a sua importância na chegada ao poder de Passos Coelho». Os efeitos da saída de Relvas não podem, na opinião do comentador da TVI, esgotar-se na sua substituição: «Se substituir só Miguel Relvas, este governo fica ligado ao ventilador. Se fizer uma remodelação profunda terá mais chances», frisou. Marcelo refere, porém que na sua forma de ver, Nuno Crato fez o que tinha de fazer no processo da licenciatura de Relvas, mas essa não foi a principal causa para a saída do ministro. Foi, sim «o erro de confundir partido com estado e partido com governo. Se há coisa que ele sabe fazer, é clientelismo partidário, algo que há em todo os partidos. Erro histórico foi achar que por fazer bem isso sabia ser ministro», concluiu". Opinião do comentador da TVI (veja aqui o vídeo)