Segundo o Dinheiro Vivo, "os níveis de dívida de Portugal que vencem neste ano e nos próximos são dos mais elevados do mundo desenvolvido, avisa o Fundo Monetário Internacional (FMI). A pressão, que alimenta a ideia de um eventual segundo resgate, exige à República um dos maiores esforços internacionais para se financiar no mercado a preços minimamente razoáveis em 2014 e 2015, por exemplo, altura em que é suposto já estar fora do financiamento da troika. De acordo com o estudo Fiscal Monitor, Portugal é, no grupo das 26 economias mais desenvolvidas, o quarto país com mais dívida para amortizar este ano em percentagem do PIB. Acresce a isto o défice, que também tem de ser financiado no mercado. Ou fora dele, caso se comece a pensar num segundo resgate. O Japão lidera com 49,2% do produto, logo a seguir vem Itália, com 25,3%, depois os Estados Unidos, com 18,6% e a seguir Portugal, com um esforço de 17,5%. Em 2014 e 2015, a República continua a ter dos maiores graus de esforço, com o equivalente a 17,8% do PIB em ambos os anos para amortizar junto dos credores. A este esforço vem somar o défice orçamental, que também têm de ser financiado. Nesta ótica, Portugal precisa de ir buscar o equivalente a 23% do PIB só este ano para pagar o que deve: basicamente necessita de ter 37,8 mil milhões de euros para regularizar todas as dívidas. A proporção mantém-se quase inalterada nos anos seguintes: 21,8% em 2014 e 20,3% do PIB em 2015, colocando o país nos lugares de topo da lista. Em 2013, as necessidades de financiamento brutas mais elevadas são, por esta ordem, as do Japão com 59% do PIB, Itália tem 27,8%, EUA tem 25,2% e Portugal precisa de 23%"
