Li no Dinheiro Vivo que "a OCDE considerou hoje que não devem ser tomadas novas medidas de austeridade na zona euro, mesmo que isso "implique não respeitar" os objetivos definidos, e defendeu mais flexibilidade nas metas orçamentais dos países da moeda única. Na sua Avaliação Económica Intercalar, em que apresenta as perspetivas a curto-prazo para as economias do G7, a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) estima que a retoma do crescimento no primeiro semestre de 2013 será mais forte do que o previsto nos EUA, no Japão e na Alemanha, enquanto que a França e a Itália, em estagnação ou em recessão, terão um desempenho abaixo do esperado. "A economia mundial voltou a demonstrar fraqueza no final de 2012, mas a atividade está atualmente a recuperar em grande parte das economias", estimam os autores do relatório. Contudo, no caso europeu, os peritos da OCDE reconhecem que a recuperação será mais lenta e referem que voltará a assistir-se a uma divergência entre o crescimento da Alemanha e dos outros países, que será moderado ou negativo. Nas suas previsões para o primeiro semestre deste ano, a OCDE estima que as três maiores economias da zona euro (Alemanha, França e Itália) terão um crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de apenas 0,4% nos primeiros três meses e de 1% no trimestre seguinte. No caso da Alemanha, a OCDE prevê que o crescimento será de 2,3% entre janeiro e março e que aumentará para um ritmo de 2,6% nos três meses seguintes. Em França, a economia sofrerá um recuo de 0,6% no primeiro trimestre e recuperará no segundo, para os 0,5%, enquanto em Itália as previsões apontam para uma queda do PIB de 1,6% entre janeiro e março e de 1% nos três meses seguintes. Já no Reino Unido assistir-se-á a um crescimento de 0,5% e de 1,4% no primeiro e no segundo trimestres, respetivamente, e no Canadá a OCDE prevê evoluções de 1,1 e de 1,9%. No conjunto dos países membros do Grupos dos Sete (G7), a organização antecipa que o crescimento do PIB atingirá os 2,4% até março e abrandará para os 1,8% no trimestre seguinte. No seu relatório, a OCDE reconhece que serão os países emergentes a dinamizar a economia mundial, já que se prevê um "crescimento moderado" nos EUA e uma aceleração, mas tendo por base níveis bastantes baixos, da economia nipónica. Para os EUA, a organização prognostica um crescimento de 3,5% entre janeiro e março e de 2% nos três meses seguintes, enquanto no Japão antecipa uma evolução de 3,2% no primeiro trimestre e de 2,2% no segundo. No caso japonês, estes valores representam uma revisão em alta face às últimas previsões de novembro de mais 0,8% no primeiro trimestre do ano e de mais 0,5% nos três meses seguintes".