terça-feira, abril 02, 2013

Diz a OCDE: Zona euro não deve ter mais austeridade mesmo que isso implique falhar metas...

Li no Dinheiro Vivo que "a OCDE considerou hoje que não devem ser tomadas novas medidas de austeridade na zona euro, mesmo que isso "implique não respeitar" os objetivos definidos, e defendeu mais flexibilidade nas metas orçamentais dos países da moeda única. Na sua Avaliação Económica Intercalar, em que apresenta as perspetivas a curto-prazo para as economias do G7, a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) estima que a retoma do crescimento no primeiro semestre de 2013 será mais forte do que o previsto nos EUA, no Japão e na Alemanha, enquanto que a França e a Itália, em estagnação ou em recessão, terão um desempenho abaixo do esperado. "A economia mundial voltou a demonstrar fraqueza no final de 2012, mas a atividade está atualmente a recuperar em grande parte das economias", estimam os autores do relatório. Contudo, no caso europeu, os peritos da OCDE reconhecem que a recuperação será mais lenta e referem que voltará a assistir-se a uma divergência entre o crescimento da Alemanha e dos outros países, que será moderado ou negativo. Nas suas previsões para o primeiro semestre deste ano, a OCDE estima que as três maiores economias da zona euro (Alemanha, França e Itália) terão um crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de apenas 0,4% nos primeiros três meses e de 1% no trimestre seguinte. No caso da Alemanha, a OCDE prevê que o crescimento será de 2,3% entre janeiro e março e que aumentará para um ritmo de 2,6% nos três meses seguintes. Em França, a economia sofrerá um recuo de 0,6% no primeiro trimestre e recuperará no segundo, para os 0,5%, enquanto em Itália as previsões apontam para uma queda do PIB de 1,6% entre janeiro e março e de 1% nos três meses seguintes. Já no Reino Unido assistir-se-á a um crescimento de 0,5% e de 1,4% no primeiro e no segundo trimestres, respetivamente, e no Canadá a OCDE prevê evoluções de 1,1 e de 1,9%. No conjunto dos países membros do Grupos dos Sete (G7), a organização antecipa que o crescimento do PIB atingirá os 2,4% até março e abrandará para os 1,8% no trimestre seguinte. No seu relatório, a OCDE reconhece que serão os países emergentes a dinamizar a economia mundial, já que se prevê um "crescimento moderado" nos EUA e uma aceleração, mas tendo por base níveis bastantes baixos, da economia nipónica. Para os EUA, a organização prognostica um crescimento de 3,5% entre janeiro e março e de 2% nos três meses seguintes, enquanto no Japão antecipa uma evolução de 3,2% no primeiro trimestre e de 2,2% no segundo. No caso japonês, estes valores representam uma revisão em alta face às últimas previsões de novembro de mais 0,8% no primeiro trimestre do ano e de mais 0,5% nos três meses seguintes".