Segundo o Jornal I, "o presidente do Governo dos Açores, Vasco Cordeiro, rejeitou hoje uma eventual revisão do memorando de entendimento celebrado entre a Região e a República em agosto de 2012. Vasco Cordeiro, que falava aos jornalistas em Ponta Delgada após uma audiência com o líder da UGT, João Proença, sublinhou que a “grande preocupação” do seu Executivo é ser um “fator indutor” das condições necessárias para que a região ultrapasse “o melhor possível” o cenário de recessão. O líder do Executivo açoriano disse, em resposta a questões dos jornalistas, não ver razões para qualquer revisão do documento, uma vez que é ele que permite manter impostos mais baixos nos Açores, a remuneração complementar, remuneração compensatória, complemento regional do abono de família, complemento de pensão e apoio à aquisição de medicamentos.“A pergunta é esta: rever o memorando para colocar tudo isso em perigo? Não, isso o Governo [dos Açores] não fará, mas sim aquilo com o PS e eu próprio nos comprometemos na campanha eleitoral, ou seja, criar condições para que nos Açores tenhamos instrumentos para ajudar as famílias e as empresas a ultrapassarem esta fase de maior turbulência que vivemos”, afirmou. Na sua leitura, rever o memorando face à atual conjutura é estar a criar condições para “colocar em perigo” o que se alcançou, sublinhando que seria prestar um “mau serviço” às empresas e famílias dos Açores. Vasco Cordeiro viu o líder da UGT sair em defesa das suas medidas e elogiar a agenda açoriana para a promoção e criação de emprego e competitividade empresarial, assim como o cuidado colocado na gestão das finanças públicas. João Proença defendeu mesmo que os Açores, a título de região ultraperiférica da União Europeia, deveriam beneficiar, ao abrigo novo pacote financeiro comunitário 2014-2020, de medidas específicas para fazer face à atual crise económica e financeira".