quarta-feira, maio 02, 2012

Não há mais austeridade em 2013 mas o efeito das medidas agrava-se

Diz o Dinheiro Vivo que "a economia vai contrair menos este ano do que o esperado há apenas um mês e, em 2013, entrará em terreno positivo, crescendo 0,6% (acima das mais recentes projeções da troika). O comportamento "mais favorável" das exportações - que vão subir 3,4% - explica esta revisão em alta. O Documento de Estratégia Orçamental, ontem aprovado, não inclui novas medidas de austeridade para 2013 além das já conhecidas, mas espera um efeito mais ambicioso de algumas. É o caso da poupança com prestações sociais, estimada em 250 milhões de euros. Do lado da receita, não se preveem subidas de impostos, mas a revisão e limitação dos benefícios e deduções no IRC e IRS (que passarão a ter em conta a dimensão do agregado familiar) deverá gerar mais 325 milhões de euros. Com o IMI o encaixe adicional é de 250 milhões de euros, receita que reverterá para as autarquias, sendo que o Governo prevê, na proposta de lei do Quadro Plurianual de Programação Orçamental (também ontem aprovada e enviada para a AR), um limite de valor semelhante na despesa com a lei das finança locais. No cenário macroeconómico, e depois da contração de 3% este ano, o Governo espera que a economia acelere para os 2,8% em 2016 (último ano do horizonte das projeções). Em relação ao défice, mantém-se a meta de 4,5% em 2012. Vítor Gaspar salientou que o ajustamento da economia está a correr melhor do que o esperado em algumas áreas e as expetativas apontam agora para que o défice reduza para 1% em 2015 e para 0,5% no ano seguinte”.

Sem comentários: