domingo, novembro 13, 2011

Universidade maçónica

"Em matéria de revelações e de exposição da maçonaria, o caso Portucale nada fica a dever ao da Universidade Moderna, um processo que explodiu em 1999 e que provocou um turbilhão, não só nos tribunais, mas também na organização portuguesa, levando até a uma reconfiguração da maçonaria regular, fruto das cisões e movimentações que levaram à“mudança” da sede da Grande Loja Legal de Portugal para a Casa do Sino, em Cascais. Mudança essa protagonizada por José Braga Gonçalves, o principal arguido do processo da Universidade Moderna. A ligação quase umbilical entre a maçonaria e a Moderna foi posta a nu durante a investigação j udicial. Várias facturas de viagens pagas a elementos da maçonaria foram encontradas na extinta universidade. O envolvimento da maçonaria na universidade veio ainda ao de cima numa segunda investigação que tinha a ver com um eventual tráfico de armas, com referências a convites feitos por José Braga Gonçalves para integrarem a chamada “loja negra” de Cascais. As suspeitas à volta de uma conspiração maçónica, que tinha como ponto de reunião a Moderna, para tomar conta das estruturas do poder em Portugal foram s intetizadas num documento de Nandim de Carvalho, antigo grão- mestre da maçonaria regular. Durante o julgamento do processo, Nandim de Carvalho entregou ao colectivo de juízes um papel intitulado “Loja Secreta Fénix Tipo P2”, o qual, segundo Nadim de Carvalho, era uma “uma carta cartográfica” representando “a informação disponível sobre as ligações da Moderna e da Casa do Sino”. E as ligações tinham a ver com funcionários e docentes da Moderna, cuja qualidade de maçons ficou a descoberto. Nadim de Carvalho citou os nomes: Paulo Vieira Machado e Paulo Azevedo [ filhos, respectivamente, do antigo gestor deposto por Braga Gonçalves e do ex- vicereitor da Moderna, Esmeraldo de Azevedo], Carlos Amaro, José Félix, Rui Gomes da Silva, Carlos Fernandes e José Manuel Vitoriano, além dos três filhos do ex- reitor. Para Nandim de Carvalho, havia um projecto claro na Universidade Moderna: por um lado, a maçonaria funcionava como patronato ideológico, de outro lado, o patronato financeiro que era a Universidade Moderna. No projecto arquitectado para dominar a maçonaria, José Júlio Gonçalves, o antigo reitor, pai de José Braga Gonçalves, teria tido um papel determinante” (fonte: DN de Lisboa)

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