Escreve o jornalista do Jornal de Notícias, Rafael Barbosa que "o PSD (36%) deixa o PS (31%) para trás e o próximo Parlamento terá uma maioria de Direita. O Porto é crucial nessa inversão de forças: os sociais-democratas somarão mais cinco a sete deputados do que em 2009, de acordo com uma sondagem da Católica para o JN. A primeira semana de campanha foi negativa para o PS. De acordo com uma sondagem da Universidade Católica para o JN, o PSD mantém a sua votação (36%), mas os socialistas estão em perda acentuada (31%). O empate que persistiu durante semanas desaparece: a diferença entre os dois partidos é agora de cinco pontos percentuais e a margem de erro para uma sondagem com quase quatro mil respostas válidas (com voto em urna) é de apenas 1,6%. Para além de apontar um vencedor claro, a sondagem permite perceber que é quase garantida uma maioria absoluta de Direita (soma dos deputados do PSD e do CDS-PP) na Assembleia da República. No pior dos cenários projectados pelos especialistas da Católica, os dois partidos da Direita teriam 115 deputados; no melhor, terão 130. A maioria absoluta consegue-se aos 116. Analisadas as projecções de deputados círculo a círculo, é o do Porto que mais contribuiu para a vitória do PSD e até para uma maioria absoluta de Direita. A confirmar-se a sondagem, os sociais-democratas conseguirão mais cinco a sete deputados do que nas Legislativas de 2009. Nem em Lisboa, o maior círculo eleitoral do país, a viragem será tão pronunciada. Na capital, aliás, o PS ainda se bate pelo primeiro lugar. Curiosamente, o CDS-PP, que está a crescer em todo o país, poderá perder um dos seus quatro deputados no Porto. Bloco (3)e CDU (2) ficam iguais.Ficha técnica
Esta sondagem foi realizada pelo Centro de Estudos e Sondagens de Opinião da Universidade Católica Portuguesa (CESOP) para a Antena 1, a RTP, o Jornal de Notícias e o Diário de Notícias entre os dias 28 e 29 de Maio de 2011. O universo alvo é composto pelos indivíduos com 18 ou mais anos recenseados eleitoralmente e residentes em Portugal Continental. Foram seleccionadas aleatoriamente cinquenta freguesias do país, tendo em conta a distribuição dos eleitores por distritos. A selecção aleatória das freguesias foi sistematicamente repetida até os resultados eleitorais das eleições legislativas de 1999, 2002, 2005 e 2009 nesse conjunto de freguesias, ponderado o peso eleitoral dos seus distritos de pertença, estivessem a menos de 1% do resultados nacionais dos cinco maiores partidos. Os domicílios em cada freguesia foram seleccionados por caminho aleatório e foi inquirido em cada domicílio o mais recente aniversariante recenseado eleitoralmente na freguesia. Foram obtidos 3963 inquéritos válidos, sendo que 57% dos inquiridos eram do sexo feminino, 32% da região Norte, 17% do Centro, 39% de Lisboa e Vale do Tejo, 7% do Alentejo e 5% do Algarve. Todos os resultados obtidos foram depois ponderados de acordo com a distribuição da população com 18 ou mais anos residentes no Continente por sexo e escalões etários, na base dos dados do INE, e por distrito na base dos dados do recenseamento eleitoral. A taxa de resposta foi de 67,3%*. A margem de erro máximo associado a uma amostra aleatória de 3963 inquiridos é de 1,6%, com um nível de confiança de 95%".
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