Li no site da Rádio Renascença que "nenhuma criança está privada de televisão por falta de dinheiro, mas 23% vivem em alojamentos sobrelotados e 5% fazem refeições de carne ou peixe com intervalos de dois dias Está a aumentar a pobreza infantil em Portugal, de acordo com um relatório encomendado pelo Ministério do Trabalho ao Instituto Superior de Economia e Gestão (ISEG). Duas em cada cinco crianças vivem em situação de pobreza, ou seja, 40% do total. O documento foi hoje noticiado pelo jornal Público” e vai ser apresentado depois de amanhã, no Dia Mundial da Criança. Foram analisados dados de 2004 a 2009, que revelam que a pobreza ultrapassa as questões económicas. Nenhuma criança está privada de televisão por falta de dinheiro, mas 23% vivem em alojamentos sobrelotados e 5% fazem refeições de carne ou peixe com intervalos de dois dias. Do total dos 40% que vive em situação de pobreza, "cerca de 11% das crianças conjugam duas situações, que consideramos serem bastante gravosas: acabam por estar em risco de pobreza monetária e de privação", adiantou Carla Machado, uma das investigadoras. O estudo revela ainda que o grupo etário até aos 17 anos é o mais vulnerável à pobreza, tendo ultrapassado o dos idosos.
Apoios sociais não eficazes
Os apoios sociais, como o abono de família, não são eficazes e devem ser repensados. O estudo do ISEG conclui por isso que estes apoios têm um impacto muito limitado na diminuição da pobreza: uma majoração do abono de família em 10%, por exemplo, reduz a taxa de pobreza infantil em menos de 2%. Carla Machado defende soluções alternativas, como, por exemplo, permitir apoios não monetários, nomeadamente em espécie. A pobreza infantil é uma tendência que deve agravar-se, segundo a investigadora, pois 2010 e 2011 são anos de recessão no país, situação que se vai reflectir nas crianças.
Números de privação:
- 9% sem dinheiro para ir ao dentista
- 14% não têm acesso a roupa nova
- 4% não têm frutas e legumes diariamente
- Quase metade não têm uma semana de férias por ano fora de casa".
Apoios sociais não eficazes
Os apoios sociais, como o abono de família, não são eficazes e devem ser repensados. O estudo do ISEG conclui por isso que estes apoios têm um impacto muito limitado na diminuição da pobreza: uma majoração do abono de família em 10%, por exemplo, reduz a taxa de pobreza infantil em menos de 2%. Carla Machado defende soluções alternativas, como, por exemplo, permitir apoios não monetários, nomeadamente em espécie. A pobreza infantil é uma tendência que deve agravar-se, segundo a investigadora, pois 2010 e 2011 são anos de recessão no país, situação que se vai reflectir nas crianças.
Números de privação:
- 9% sem dinheiro para ir ao dentista
- 14% não têm acesso a roupa nova
- 4% não têm frutas e legumes diariamente
- Quase metade não têm uma semana de férias por ano fora de casa".
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