quinta-feira, junho 23, 2011

Açores: Governo Regional reitera oposição ao apoio ao papel que imprime os jornais

Segundo o Diário dos Açores, "o secretário regional da Presidência manifestou oposição a uma proposta do PSD/Açores para a criação de ajudas aos órgãos de comunicação social privados para apoiar despesas com papel, segurança social e distribuição, sublinhando que, “além do limite orçamental, há outro limite à intervenção do executivo que diz respeito à autonomia e independência editorial e de gestão das empresas do sector”. Bradford afirmou que “não pode ser o Governo a assumir todos os encargos da comunicação social porque isso significaria que o executivo passaria a ser o dono e o financiador exclusivo da actividade das empresas”... A intenção do executivo foi ontem revelada à Lusa pelo secretário regional da Presidência, André Bradford, depois de ter sido ouvido pela Comissão dos Assuntos Parlamentares, Ambiente e Trabalho da Assembleia Legislativa Regional sobre uma proposta de alteração ao programa de apoio à comunicação social privada (PROMEDIA). O Governo opta por “agilizar o sistema de pagamento das ajudas públicas que lhes estão destinadas”, e que neste momento incidem apenas sobre o chamado “porte pago”, em que, na distribuição local são beneficiados apenas os jornais que não têm distribuição própria ou os que utilizam os serviços do CTT. Para André Bradford, esta iniciativa “justifica-se com as necessidades enfrentadas pelo sector face à actual situação de crise”. Além de apontar a antecipação dos apoios públicos, indicou que as propostas de alteração ao PROMEDIA apresentadas pelo executivo visam também “o alargamento aos órgãos de comunicação social de todo o arquipélago das ajudas para cobrir encargos com electricidade e comunicações”. Em concreto, trata-se de um apoio de 20% da electricidade das rádios e jornais, e 20% dos custos com comunicações de 2 linhas telefónicas (nas ilhas de coesão, respectivamente 60% e 40%). “Nesta fase de dificuldades, o Governo deve constituir-se como apoio extra que permita libertar verbas da gestão diária das empresas para garantir a maior preocupação, que são os postos de trabalho”, desse André Bradford”.

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