sexta-feira, agosto 13, 2010

Narciso Miranda reage à expulsão...

O PS expulsou Narciso Miranda. Em causa está o facto do militante ter concorrido às autárquicas numa lista adversária ao PS. O ex-Presidente da Câmara de Matosinhos já reagiu e em entrevista à RTP, afirma que é mais socialista que muitos com responsabilidades no partido.

***
Entrtanto li no Publico um texto da jornalista Filomena Fontes, segundo o qual "afinal, ultrapassam as duas centenas os processos de expulsão aplicados a militantes do PS que candidataram, nas últimas autárquicas, em listas opositoras às do partido. Só no distrito do Porto, aos cerca de 100 casos de Matosinhos, entre os quais avulta a expulsão do histórico Narciso Miranda, somam-se mais 80 em Valongo, cinco no Marco de Canaveses e três no Porto, estes últimos relativos a uma lista para a Assembleia de Freguesia de Santo Ildefonso. Em Coimbra, são mais de 20 militantes a quem é imposta a saída do partido e em Bragança serão oito, que se candidataram à câmara local pelo Movimento Sempre Presente. Qualificada já por Narciso Miranda como “kafkiana e estalinista”, a decisão, aprovada pela Comissão de Jurisdição Nacional do PS na passada quinta-feira, pode ser agora ser objecto de recurso para o Tribunal Constitucional, não tendo no entanto efeitos suspensivos sobre a pena aplicada, a mais grave de todas previstas nos estatutos do PS. Por outras palavras, a expulsão está consumada. E a polémica está para durar. Às acusações do ex-presidente da Câmara de Matosinhos de que nunca foi ouvido nem notificado sobre o processo disciplinar que lhe tinha sido instaurado, Luís Cunha, que preside à Comissão de Jurisdição do PS-Porto, reage, duro: “Aplicámos a sanção tal qual como Narciso Miranda o fez quando liderava a distrital do PS-Porto e houve expulsões em Felgueiras quando Fátima Felgueiras liderou uma lista independente”, alega, garantindo que todas as notificações foram enviadas “para um apartado que o camarada Narciso escreveu pelo seu próprio punho como sua morada”. “Foram enviadas notas de culpa por duas vezes e, depois, a decisão [da jurisdição distrital]. Nada podemos fazer se as pessoas se recusam a receber e devolvem as cartas”, acrescenta, notando ainda que houve casos de militantes que não receberam as notificações, mas que as contestaram posteriormente já em sede de processo disciplinar".
***

Sem comentários: