A deputada do PCP na Assembleia Legislativa da Madeira, Isabel Cardoso, que está de saída do parlamento devido ao anunciado regresso de Edgar Silva já em Setembro, tem-se multiplicado em iniciativas destinadas a manter a questão do futuro dos professores sem trabalho certo na ordem do dia. E faz bem. Não tenho nada contra as corporações, eu próprio durante anos, fui membro activo da corporação dos jornalistas e fazia tudo em seu abono. O problema é que as pessoas, até para que se credibilizem, têm que separar a emotividade e a demagogia do pragmatismo e da realidade. Eu nem vou falar na Comissão Permanente da Assembleia Legislativa que normalmente se reúne uma vez por ano, e que se pode questionar se faz ou não sentido seja convocada, quando as comissões especializadas, incluindo a de Educação, estão em actividade. Em, segundo lugar porque de certeza absoluta, e a a deputada sabe melhor que ninguém isso, não será a Comissão Permanente nem a Assembleia Legislativa no actual quadro político, legislativo e governamental, a poder resolver essa questão dos professores que ficarão sem colocação. O que se poderia admitir e faria sentido, seria o PCP solicitar um encontro com o governante que tutela o sector para se informar do que se passa e discutir o assunto. Já agora, até porque o Dia da Juventude aconteceu esta semana, porque não convocar uma comissão para falar no desemprego de centenas de licenciados na Região? O que é que estes tem a menos que os professores, ou mesmo outros profissionais qualificados? E porque não uma iniciativa para falar dos jovens licenciados explorados ou dos muitos que estão empregados mas realizando actividades que nada têm a ver com a respectiva formação de base?
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