sexta-feira, abril 02, 2010

PS: na Madeira blá-blá por causa do temporal. Nos Açores, 12 anos depois do sismo, há gente sem casa...

É esta hipocrisia que os meios de comunicação social têm o dever de denunciar confrontando posições e contradições. Enquanto que na Madeira e a reboque dos temporais de Fevereiro, o PS acaba de escolher o caminho da demagogia, da suspeição (realmente é tudo gente séria por aquelas bandas!...) e do eleitoralismo idiota, nos Açores, 12 anos depois do sismo do Faial, há gente sem casa! Uma pouca-vergonha que se vai sabendo graças a alguns meios de comunicação social. A notícia do Correio dos Açores aqui fica: "O Governo Regional dos Açores pretende resolver até 2011 os problemas habitacionais de todas as pessoas que foram afectadas pelo sismo de Julho de 1998 no Faial e que, passados 12 anos, ainda não têm a situação resolvida. “Ainda existem algumas famílias que precisam de casa”, admitiu a secretária regional do Trabalho e Solidariedade Social, Ana Paula Marques, que não especificou o número de famílias que ainda não viram o problema resolvido. Segundo a secretária regional, “ainda existem alguns casos mais difíceis, que devem ficar resolvidos durante este ano e no próximo”. O sismo ocorrido a 9 de Julho de 1998 no Faial danificou cerca de 70% do parque habitacional desta ilha dos Açores, que tem vindo a ser requalificado nos últimos anos pelo executivo regional. Segundo Ana Paula Marques, a situação das famílias que ainda não viram o problema habitacional resolvido ao fim de 12 anos deverá ser ultrapassada com a construção de um empreendimento com cerca de quatro dezenas de fogos, uma parte dos quais deverão ser atribuídos a estas famílias. A secretária regional revelou esta intenção na cerimónia de entrega de oito apartamentos (T0, T1 e T2) a famílias carenciadas na cidade da Horta, nenhuma delas relacionada com os efeitos do sismo de 1998. Os oito apartamentos entregues ontem, num investimento global de 546 mil euros, estavam integrados num programa de apoio social, através do qual o governo regional compra a habitação e entrega-a à família carenciada, mediante o pagamento de uma renda social". É por isto que eu entendo, e reafirmo, que os jornalistas e os meios de comunicação devem estar atentos a todas estas situações para que não sejam meros "sopeiros" de sugestões noticiosas, de SMS a reclamarem destaques ou a sugerirem temas, de conferências de imprensa que não passam de fantochadas propagandísticas, ou de declarações políticas que escondem estas contradições, reveladoras da hipocrisia de alguns jagunços da política regional que tentam transformar a Madeira numa espécie de "demo" em comparação (!) com "paraísos" que disso nada têm.

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