Para aqueles que duvidam da "riqueza" deste país e da dimensão do seu tecido empresarial - como gosto tanto de ouvir esta expressão! - parece-me importante que ao menos leiam esta notícia publicada no Diário Económico, e da autoria dos jornalistas Filipe Alves e Sandra Almeida Simões. Dizem eles que, "em média, os CEO nacionais recebem 63 mil euros brutos por mês. Jorge Coelho, Rodrigo Costa e Ferreira de Oliveira são os CEO mais bem pagos em função dos lucros gerados. Os presidentes-executivos (CEO) das cotadas nacionais receberam, em média, 884 mil euros no ano passado, em remunerações fixas e variáveis, de acordo com os dados já tornados públicos por doze empresas do PSI 20. A Mota-Engil, a Zon e a Galp são as cotadas que melhor pagam aos seus CEO, em função dos lucros gerados. A soma em questão - a que em alguns casos se devem somar prémios plurianuais - equivale a um salário mensal ilíquido de 63 mil euros. Porém, o valor real poderá ser superior, uma vez que parte das cotadas ainda não revela os salários das sociedades participadas - o que tem gerado polémica entre as empresas. Nesta questão, a Brisa, PT, Sonae e EDP são excepções, porque revelam todos os rendimentos dos gestores, cumprindo a recomendação da CMVM nesse sentido.Em termos absolutos, a Galp, a PT e a EDP lideram o ‘ranking' de salários dos CEO (ver gráfico). Porém, esta comparação esconde vários factores relevantes, como os lucros gerados pelas empresas, as suas dimensões e os mercados em que competem. "O indicador mais usado para uma boa comparação é o lucro antes de impostos, juros, depreciações e amortizações [EBITDA], mas o resultado líquido também pode ser utilizado", explicou ao Diário Económico Pedro Rocha e Silva, da consultora Heidrick & Struggles". Caramba, se somos um país rico como é que o pessoal não haverá que encher a pança de uma forma tão escandalosa? No fundo, não é isso que acontece, ainda de uma forma pior, gestores de empresas públicas falidas, ou os gestores de empresas com capitais públicos, que beneficiam de monopólios disfarçados e da protecção do "patrão" governo?
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