
O jornalista do DN de Lisboa, Francisco Mangasx, entrevistou hoje a "princesa deParis" onde o descaramento e a sobranceria são evidntes. Vale a pena ler: "Entrevista com Inês de Medeiros, deputada e vice-presidente da bancada do PS, sobre a polémica à volta do pagamento das suas viagens entre o Parlamento e a sua residência, em Paris.
- Está satisfeita com resolução do pagamento das suas viagens a Paris, onde tem residência?
- Estou satisfeita por ter havido uma decisão, independentemente do resultado. Eu escrevi ao senhor presidente da Assembleia da República a pedir celeridade no caso, para acabar de uma vez por todas com esta longa campanha de enxovalhos, humilhações e informações pouco rigorosas.
- Não lhe parece que demorou bastante tempo a resolver esta polémica?
- Foi por isso mesmo que enviei a carta ao senhor presidente da Assembleia da República, pedindo celeridade - foi o único pedido que lhe fiz.
- Desconhecia o problema?
- Não sabia que havia este problema, não conhecia o regimento nem o estatuto do deputado.
- Como é evidente, ficou desagradada com a campanha em redor do caso?
- Não acho que tenha havido qualquer perseguição pessoal. Grave foi a forma como este episódio foi tratado. Há direitos que os deputados têm, como as ajudas de custas, para que a representação seja de todo o País - respeitando o que está estabelecido para ser garantido o pluralismo no Parlamento.
- Esta polémica serviu para desprestigiar o Parlamento?
- Pelo menos, este caso desprestigia a classe política, a democracia representativa em geral. Estou aterrada. Não houve pedido especial nenhum da minha parte. Tenho direito à minha vida privada: viver em Paris só a mim diz respeito. Não acho que seja esta a melhor maneira de cativar novas pessoas, independentes - a chamada sociedade civil - para a política. Quem chega aqui pode, de um momento para o outro, ver a sua vida vasculhada, ser enxovalhado, ser alvo de suspeições generalizadas. E isto põe em risco a própria democracia.
Depois deste caso, que se arrastou por longos meses, pensa repetir a experiência num próximo mandato?
- Não faço projecções para um novo mandato. Apenas lhe digo que estou a cumprir e a desempenhar com muito entusiasmo o meu papel. Tenho trabalho feito. Tenho diversos projectos. Sendo assim, não me arrependo de todo de ter aceitado o convite do Partido Socialista, apesar de ter sofridos estes danos colaterais. A recepção foi boa, tenho conhecido pessoas interessantes.
Os deputados, portanto, merecem mais respeito?
Pelo menos não merecem, como tem acontecido até agora, um permanente clima de suspeição que sobre eles cai. O descrédito total é sempre muito perigoso".
- Desconhecia o problema?
- Não sabia que havia este problema, não conhecia o regimento nem o estatuto do deputado.
- Como é evidente, ficou desagradada com a campanha em redor do caso?
- Não acho que tenha havido qualquer perseguição pessoal. Grave foi a forma como este episódio foi tratado. Há direitos que os deputados têm, como as ajudas de custas, para que a representação seja de todo o País - respeitando o que está estabelecido para ser garantido o pluralismo no Parlamento.
- Esta polémica serviu para desprestigiar o Parlamento?
- Pelo menos, este caso desprestigia a classe política, a democracia representativa em geral. Estou aterrada. Não houve pedido especial nenhum da minha parte. Tenho direito à minha vida privada: viver em Paris só a mim diz respeito. Não acho que seja esta a melhor maneira de cativar novas pessoas, independentes - a chamada sociedade civil - para a política. Quem chega aqui pode, de um momento para o outro, ver a sua vida vasculhada, ser enxovalhado, ser alvo de suspeições generalizadas. E isto põe em risco a própria democracia.
Depois deste caso, que se arrastou por longos meses, pensa repetir a experiência num próximo mandato?
- Não faço projecções para um novo mandato. Apenas lhe digo que estou a cumprir e a desempenhar com muito entusiasmo o meu papel. Tenho trabalho feito. Tenho diversos projectos. Sendo assim, não me arrependo de todo de ter aceitado o convite do Partido Socialista, apesar de ter sofridos estes danos colaterais. A recepção foi boa, tenho conhecido pessoas interessantes.
Os deputados, portanto, merecem mais respeito?
Pelo menos não merecem, como tem acontecido até agora, um permanente clima de suspeição que sobre eles cai. O descrédito total é sempre muito perigoso".
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