Li no Correio da Manhã um texto da jornalista Ana Sofia Coelho, segundo o qual "tragédia com Artur Pimentel não impede jovens finalistas de arriscarem tudo, com mudanças de quarto pela janela. A ideia é simples: visitar os colegas que estão no quarto ao lado. Mas o método usado não é o mais normal: em vez de baterem à porta, batem à janela depois de um salto pela varanda. O cenário repete-se todos os anos em Lloret del Mar, Espanha, durante a época da Páscoa, altura em que se realizam as viagens de finalistas dos alunos do secundário, e o registo de feridos em quedas também já é habitual. Os hotéis admitem que não têm capacidade para controlar todas as situações. A brincadeira não pára mesmo após a morte de Artur Pimentel, aluno de 17 anos do Colégio de Lamego que caiu, na quarta-feira, da varanda do 3º piso – e não 4º – do hotel durante as férias em Lloret. No entanto, a polícia acredita que a queda que vitimou o infeliz adolescente foi acidental e rejeita a hipótese de ter sido uma brincadeira fatal. 'Em Lloret del Mar há vários casos de pessoas que caem por tentar ir de quarto em quarto pelas varandas mas não foi isso que aconteceu', disse ao CM a relações-públicas da Polícia Regional de Girona, sem, todavia, especificar o porquê dessa certeza. A investigação, que está a cargo da Comisaría de los Mossos d’Esquadra de Blanes, ainda não terminou. Ao que o CM apurou, foram ouvidas já três testemunhas, que dizem ter visto o jovem a cair depois de se ter debruçado, e outras pessoas do hotel Esmeralda que estavam perto do local. A notícia da queda fatal do jovem espalhou-se rapidamente por Lloret mas não refreou os comportamentos dos outros turistas. Os saltos continuam e não devem acabar tão cedo, porque a moda actual entre aqueles adolescentes, quer portugueses, quer estrangeiros, é saltar de varanda em varanda, apoiando-se nas grades de fora. De dia ou de noite, com ou sem público a assistir. Desconhece-se o número dos ‘aventureiros’ nos saltos entre varandas mas é suficiente para que os elementos da segurança dos hotéis não consigam detectar todas as situações. O caso mais extremo é no hotel Don Juan, por ser precisamente o maior e mais conhecido de Lloret. 'É muito difícil controlar. Há sempre um vigilante que anda atento a tudo o que se passa. Mas é complicado, porque é muita gente', disse um elemento daquela unidade hoteleira. Em todas as épocas de férias há registos de feridos em quedas. 'Os hotéis têm segurança e a culpa, no fundo, não é de Lloret, nem do ambiente de festa, mas sim da conduta de cada pessoa', lembrou um funcionário do hotel vizinho, o Acapulco". Leia tudo aqui. E veja um video aqui.
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