A revelação é feita pelo Público, num texto do jornalista Sérgio C. Andrade, segundo o qual "a Banif Gestão de Activos, SA, uma sociedade que integra o Banif Banco de Investimento, foi ontem escolhida como nova entidade gestora do Fundo de Investimento para o Cinema e Audiovisual (FICA). A decisão foi tomada pelos cinco participantes no FICA - o Estado, representado pelo Instituto do Cinema e do Audiovisual (ICA), a Zon e as três televisões generalistas, RTP, SIC e TVI -, numa assembleia em que o instituto seleccionou e apresentou a proposta do Banif (uma das cinco entidades concorrentes) como a mais adequada para retomar a actividade daquele fundo de investimento. Em comunicado ontem divulgado pelo Ministério da Cultura, é referido que o processo de substituição da anterior entidade gestora - a ESAF, do Grupo BES, que tinha manifestado reservas jurídicas ao recurso, por parte do Estado, a verbas comunitárias do QREN para a sua participação no fundo - foi realizado dentro do prazo previsto. E acrescenta que estão assim criadas as condições para que o FICA "retome, o mais rapidamente possível, a sua actividade de investimento em empresas e em projectos cinematográficos e audiovisuais nacionais". Criado em 2004, mas só instituído em 2007, o FICA prometeu um investimento de 83 milhões de euros durante o período de cinco anos. Mas, na realidade, só funcionou no primeiro ano, período durante o qual realizou o investimento de apenas 3,3 milhões de euros, distribuídos por três produtoras: a Utopia Filmes, a Valentim de Carvalho Filmes e a produtora de televisão e multiplataforma Be Active. Os produtores atribuíram ao Estado a responsabilidade principal pela paralisação do fundo, acusando o Governo de não cumprir com as suas obrigações, nem a lei que ele próprio tinha decretado. A paralisação do FICA motivou o atraso, e mesmo o cancelamento, de inúmeras produções de cinema e audiovisual nos últimos dois anos".
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