Madeira: conheça os bombeiros alemães que estão a ajudar
O Diário Económico publica hoje uma reportagem de António Sarmento, segundo a qual “na Madeira continuam as operações de salvamento, agora com a colaboração de bombeiros alemães. Os donativos começam a chegar à ilha. Os amigos são para as ocasiões e em Leichlingen, no norte da Alemanha, isso é levado muito a sério. Assim que soube do temporal na Madeira, Horst Schmuidtberg, o comandante dos bombeiros da cidade alemã, começou a fazer as malas. Já tinha estado no Funchal dez vezes, mas agora não havia espaço na bagagem para roupa de turista. Nem para saborear o peixe espada preto, as espetadas, a poncha e os licores caseiros da cidade. "Vim com mais dois colegas e trouxemos equipamento indispensável para ajudar na recuperação da ilha, como é o caso das moto-bombas", diz. O material pesa 700 quilos e a companhia aérea alemã que o transportou, a Tui Fly, não cobrou o excesso de carga. Schmuidtberg aterrou ontem no aeroporto do Funchal às oito da manhã. À espera dele estava Rui Pedro, o comandante dos bombeiros voluntário madeirenses. Os dois são amigos há mais de 20 anos e, apesar de Rui falar muito pouco ou nada de alemão, os dois entendem-se na perfeição. "Já na tragédia de 1993 foram eles que nos ajudaram bastante. Vieram para cá com equipamento e ainda lançaram um apelo na rádio alemã, acabando por conseguir toneladas de roupa para doarmos aos madeirenses", lembra o comandante português. Agora, voltaram a fazer o mesmo e esperam recolher donativos suficientes para ajudar os desalojados. Não havia tempo a perder. Schmuidtberg deixou o aeroporto e foi para o quartel dos bombeiros certificar-se da gravidade da situação. Os dois colegas que o acompanhavam foram imediatamente para o terreno, em conjunto com os colegas madeirenses. Ninguém tomou o pequeno--almoço ou perdeu um minuto a beber um café. "Estamos aqui para trabalhar", dizem. Os três alemães mantinham-se em contacto por telemóvel e, por volta das onze da manhã, o chefe da corporação saiu do gabinete e entrou num jipe para ir ter com eles. Nos próximos sete dias irão dormir, almoçar e jantar no quartel dos bombeiros madeirenses. "Ainda vai demorar alguns dias até recuperarmos a ilha", admite o comandante alemão”.
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