"Director do Público revela que email foi reenviado por um computador do jornal
O director do jornal Público, José Manuel Fernandes, referiu esta sexta-feira em entrevista à Sic Notícias que nada indica que o sistema informático do jornal tenha sido violado. O director do Público disse, na noite passada à Sic Notícias, que as investigações que foram feitas indicam que o sistema informático do jornal não foi violado. José Manuel Fernandes adiantou ainda que o email, citado na edição desta sexta-feira pelo DN e que dá conta de uma conversa entre um jornalista e um editor do Público sobre alegadas escutas em Belém, tem 17 meses e foi encontrado num computador. «Neste momento não há nenhum indício de que tenha havido alguma violação externa. Poucas horas antes do comunicado, a própria direcção editorial tinha feito uma nota em que dizia que havia um inquérito interno, que envolve verificarmos os nossos sistemas e falarmos com as poucas pessoas envolvidas na troca de emails», afirmou. Ainda segundo uma nota da direcção editorial do Público, além do DN este email foi também enviado para o semanário Expresso. José Manuel Fernandes avançou também que as investigações que já foram feitas nada revelam sobre a violação do sistema informatico do jornal. Ontem, à TSF, José Manuel Fernandes adiantava uma outra hipótese e admitia que o Público estaria sob escuta e que o email tinha ido parar a três jornais diferentes, pelo que só poderia ser um trabalho dos serviços de informação" (aqui, 19 de Setembro de 2009).
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Belmiro de Azevedo recomenda ao Público que não se deixe assustar por governantes
Belmiro de Azevedo recomendou, esta sexta-feira, à equipa do jornal Público, do Grupo Sonae, «que não se deixe assustar por opiniões um bocado desastradas de alguns governantes que querem mandar no Público sem pôr lá dinheiro nenhum». «Não me importo nada que eles mandem, mas comprem o jornal», afirmou o presidente não executivo da Sonae, à margem da inauguração do parque de negócios das empresas do grupo na Maia. Para Belmiro de Azevedo, «a liberdade de imprensa é um bem muito mais importante do que uma disputa eleitoral». «Não tenho nenhuma influência directa no Público. Só tenho um desejo para o Público: que passe a ganhar dinheiro e o faça sempre com a mesma linha editorial, isso é, com independência», frisou, defendendo que os outros jornais «é que deviam fazer a mesma coisa que o Público». «Uns têm mais jeito para lidar com a informação, outros têm menos. O ministro da propaganda diz que eu não posso falar, mas, enquanto não tiver defeito físico, vou falando», declarou, referindo-se a críticas do ministro dos Assuntos Parlamentares, Augusto Santos Silva, a declarações suas. Belmiro de Azevedo disse ainda desconhecer se é possível aos Serviços de Informação e Segurança (SIS) violar correspondência electrónica, como alegou o director do Público, José Manuel Fernandes. «Se o SIS tem permissão para fazer aquilo que fez, se é que fez, é preciso ver se a lei é boa ou má e mudá-la», disse" (aqui, 18 de Setembro de 2009)
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