quinta-feira, novembro 26, 2009

Escutas: parece que vamos conhecer o que se passou...

Segundo o Correio da Manhã, num texto da jornalista, Márcia Bajouco, "o inquérito aberto pela Sonaecom para apurar de que forma o e-mail trocado entre jornalistas e direcção do ‘Público’ foi parar ao ‘Diário de Notícias’ e ao ‘Expresso’, já terminou. A comissão responsável por esta averiguação ainda não redigiu as conclusões. Porém, esta comissão exclui a hipótese de o documento ter saído através da conta de e-mail do jornal, sendo provável que tenha acontecido por uma conta pessoal, apurou o CM. "Este processo, conduzido por um jurista da Sonaecom, terminou na semana passada, mas ainda ninguém foi informado das conclusões", disse ao CM fonte do ‘Público’. Depois de passadas para papel, "essas conclusões terão ainda de ser aprovadas, o que deverá acontecer nos próximos dias". Entretanto, decorre na Entidade Reguladora para a Comunicação Social o processo de Rui Paulo Figueiredo, assessor do primeiro--ministro, e um dos visados no referido e-mail, contra o ‘Público’. Recorde-se que todo este processo teve por base a divulgação de correspondência trocada internamente por jornalistas e direcção do ‘Público’ sobre alegadas escutas em Belém. Em Agosto, o jornal, na altura dirigido por José Manuel Fernandes, fez manchete com o assunto. Meses depois, o ‘Diário de Notícias’, um dos jornais que teve acesso a esta troca de correspondência, publicou excertos do e-mail na primeira página. Passados alguns dias, Fernando Lima, assessor do Presidente da República, acabaria por ser afastado do seu cargo.
PORMENORES
EX-DIRECTOR - José Manuel Fernandes passa a colunista do ‘Público’, a partir do próximo sábado.
FONTE POLÍTICA - O ‘Expresso’ também teve acesso ao e-mail. O director do jornal garante que foi fonte política que lho deu.
‘PRÓS E CONTRAS’ - A polémica à volta do e-mail foi tal que a RTP 1 dedicou um ‘Prós e Contras’ ao assunto". Aliás, no passado dia 25 de Setembro, dois dias antes das eleições, o Correio da Manhã, num texto de Henrique Machado já garantia que "a perícia feita ao sistema informático do ‘Público’ revela que a correspondência entre dois jornalistas, em que é revelado o nome do assessor de Cavaco Silva como fonte da notícia sobre o caso das escutas em Belém, não foi enviada para o exterior por e-mail. Saiu do jornal, para ser publicada no ‘Diário de Notícias’, depois de impressa numa máquina da redacção. E foi através dos relatórios diários dessa impressora que os peritos já identificaram, entre 11 jornalistas e membros da direcção do ‘Público’ com acesso àquele e-mail, um dos suspeitos de ter passado a informação para o exterior: ficou registado qual o computador que fez imprimir o documento. E aquele computador só tem um utilizador".

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