sábado, setembro 26, 2009

Presidenciais de 2011: Luis Amado já é hipótese?

Diz o semanário "Semanário" na sua última edição, e a propósito das presidenciais 2011, num texto intitulado "Socialistas querem ganhar a Cavaco", que "depois de algumas hesitações, Manuel Alegre acabou na semana passada por apelar, sem reservas, ao voto em Sócrates nas legislativas. O poeta poderia ser o candidato ideal para congregar toda a esquerda em seu redor. Por sua vez, Luís Amado, actual ministro dos Negócios Estrangeiros poderia ser uma boa cartada para captar votos moderados, enfrentando Cavaco na sua base de apoio. O PS tem já uma segunda batalha preparada para depois de domingo: as presidenciais de 2011, daqui a um ano e meio. Caso Cavaco Silva se recandidate a Belém, o que, porém, é cada vez menos certo face ao desgaste sofrido pelo Presidente da República no caso das escutas de Belém, o objectivo número um do PS pode passar pela derrota de Cavaco. Para cumprir a missão dois nomes surgem como possíveis: Manuel Alegre e Luís Amado. Depois de algumas hesitações, Manuel Alegre acabou na semana passada por apelar, sem reservas, ao voto em Sócrates nas legislativas. O poeta poderia ser o candidato ideal para congregar toda a esquerda em seu redor. Por sua vez, Luís Amado, actual ministro dos Negócios Estrangeiros poderia ser uma boa cartada para captar votos moderados, enfrentando Cavaco na sua base de apoio. O jogo é de aparências entre Cavaco e Sócrates, a um nível que nunca tinha existido em Portugal. Enquanto publicamente tentam baixar a pressão, por questões meramente tácticas, Belém e S. Bento estão em guerra aberta, ambos os lados sabendo que o confronto pode ser mortal. Há meses que as relações estão tensas mas os últimos desenvolvimentos do caso das escutas telefónicas, com a demissão de Fernando Lima, vieram agudizar as relações entre as duas instituições. O caso das escutas teve efeitos devastadores na campanha do PSD, centrando todas as atenções em Belém e levando a que o PSD não resistisse à onda e ficasse absorvido pelo discurso da "asfixia democrática", sem espaço para discutir o seu programa e ideias. Este caso pode ter custado a vitória ao PSD. As sondagens publicadas esta semana, já incorporando os últimos acontecimentos, acentuaram a distância do PS em relação ao PSD. Se o PSD perder as eleições, pouco mais resta a Ferreira Leite e aos seus apoiantes do que tentarem resguardar-se no chapéu protector de Belém e esperarem que o vento mude, de forma a que a derrota nas legislativas tenha sido apenas uma batalha perdida".

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