Li no Sol que "o presidente do Governo madeirense, Alberto João Jardim, desafiou o secretário-geral do PS, José Sócrates, que participa domingo na festa anual dos socialistas da Madeira, a explicar os «disparates que fez a este país». Jardim comentava, à margem da sessão solene do Dia da Cidade do Funchal, a notícia do jornal Público sobre «os serviços da Presidência da República estarem sob escuta e os assessores de Cavaco Silva estarem a ser vigiados», com base em declarações de um membro não identificado da Casa Civil. O governante madeirense disse «acreditar» nesta situação, acrescentando: «O que me dá vontade de rir é esses Sherlock Holmes andarem a dizer que é preciso ir lá pôr uma ficha» quando existem actualmente meios sofisticados de escuta e segurança. Recordou como situação «estranha» o facto de, aquando da visita de uma semana do Presidente da República à Madeira, em 2008, a comitiva do Ministro da Presidência, Pedro Silva Pereira, que acompanhou Cavaco Silva, incluir um adjunto do primeiro-ministro, «uma pessoa que tem um nome que consta das listas da Maçonaria publicadas». «Nunca desconfiei de nada», disse, adiantando ter considerado na altura também «estranho» que o referido adjunto tenha permanecido na região mesmo quando o Ministro da Presidência teve de regressar a Lisboa. «Ele ficou por aí e foi indo a tudo, não acuso o senhor, embora tenha prática de sociedades ditas secretas, não me passa pela cabeça que andasse a espiar o que eu dizia, porque o que digo é para todos ouvirem, não é segredo», destacou. Terça-feira, quando questionado sobre a polémica, José Sócrates escusou-se a fazer comentários sobre «disparates de Verão». «Não faço comentários. Não falo sobre isso, porque não posso perder tempo a comentar disparates de Verão que são muito próprios desta altura do ano», disse José Sócrates aos jornalistas. «O senhor primeiro-ministro, que é um arrogante disse que eram dispares de verão, que o sejam. Agora eu pergunto e gostava que respondesse na festa que vem para aí, sobre os disparates que a gente atura há quatro anos e, em todos os meses, Verão, Inverno, Outono e Primavera», desafiou Jardim. Salientou que «o que preocupa, são os disparates que ele fez a este país». Sobre a participação de José Sócrates na festa anual do PS/Madeira, domingo, na Fonte do Bispo, concelho da Calheta, opinou: «não tenho nada com isso. Vem em funções partidárias e eu não me meto na vida dos outros partidos». «Como líder do PSD/M, fico satisfeito, porque veio uma vez aí a uma coisa de professores e o PS passou para 15 por cento, depois veio como primeiro-ministro desceu para 14 por cento, agora espero que desça pelo menos para 13 por cento», concluiu".
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