quarta-feira, julho 15, 2009

Açores já se queixam da lei de Finanças regionais?

Segundo li no Correio dos Açores, num texto do jonalista João Paz, "a partir de 2007, ano em que caiu a capitação do IVA para as Regiões Autónomas com a entrada em vigor a nova Lei das Finanças Regionais, apresentada pelo actual governo da República e aprovada por maioria na Assembleia da República, a Madeira passou a receber mais de 60 milhões de euros por ano que os Açores em termos de Imposto de Valor Acrescentado. Efectivamente, de harmonia com números divulgados agora pelo Ministério das Finanças, o governo de João Jardim recebeu em 2007 e 2008 mais cerca de 140 milhões de euros de IVA que os Açores. Concretamente, quando até 2006 Açores e Madeira recebiam praticamente o mesmo valor de IVA com base na capitação nacional (à volta de 265 milhões de euros por ano), a partir de 2007, com o fim da capitação, as transferências do IVA para os Açores caíram à volta de 65 milhões de euros, mantendo a Madeira praticamente o mesmo montante que vinha recebendo. Assim, em 2007, os Açores receberam de IVA (de acordo com a Lei de Finanças Locais e, portanto, sem a capitação do IVA) 182,3 milhões de euros mantendo a Madeira praticamente o mesmo volume de transferência que o ano anterior em que a capitação do IVA estava em vigor (257,3 milhões de euros). Já em 2008, os Açores receberam como transferência do IVA 193,5 milhões de euros quando a Madeira recebeu praticamente 272 milhões de euros. Para além das transferências concretizadas pela Direcção Geral de Contribuições e Impostos, ocorreram ainda a partir de 2007 transferências do Orçamento de Estado para as duas Regiões Autónomas a título de compensação de IVA. Apesar dos Açores perderem com o desaparecimento da capitação do IVA uma verba que, em 2008, foi de 75 milhões de euros, na repartição total do bolo (Impostos mais transferências ao abrigo da solidariedade nacional) a Região acabou por receber uma verba do Orçamento de Estado superior à da Madeira, situação que tem levado a uma continuada reclamação do governo de Alberto João Jardim".

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