PSD: a pouca vergonha das candidaturas e critérios televisivos
Para as eleições presidenciais, que envolvem um universo de 10 milhões de eleitores, são necessárias 7.500 assinaturas para que nasça um candidato (a) - por isso aparecem tantos que acabam por ter menos votos do que aqueles que assinaram as candidaturas (Artigo 13º - Poder de apresentação de candidatura - As candidaturas só poderão ser apresentadas por um mínimo de 7.500 e um máximo de 15.000 cidadãos eleitores. 2. Cada cidadão eleitor só poderá ser proponente de uma única candidatura à Presidência da República). Num partido, como o PSD, que ninguém sabe ao certo quantos militantes têm em condições de votar nas "directas" - uns dizem 40 mil, outros falam em 60 mil - são necessárias 1.500 assinaturas para uma mera formalidade processual, que vale o que vale, já que a palavra final pertence ao eleitorado do partido, nas "directas". O que se passa com as candidaturas de Patinha Antão, eleito deputado por Braga e de Neto da Silva, antigo secretário de Estado, tal como há dois anos aconteceu com Castanheira Barros. Tudo isto tem muito a ver com o facto do PSD ser um partido "armadilhado" e por haver uma deliberada tentativa de afastar os dois candidatos, para que apenas três concorram às directas, para que se evitem situações caricatas de termos um líder eleito nas directas com 30%T dos votos ou menos! s distritais estão completamente mobilizadas (ou instruídas?) para não viabilizarem nem Patinha Antão nem Neto da Silva. Acresce ainda o lamentável e estranho "critério jornalístico" das televisões, que acabam por pactuar com esta sem vergonhice e que na prática não são critérios jornalísticos nem coisa nenhuma. São critérios arbitrários, que não respeita
m deontologicamente a ética e a isenção que devem prevalecer. Porque para os debates, constou-me, apenas serão convidados os 3 candidatos oficiosos e que as televisões consideram ser os candidatos a... "sério" - Santana, Passos e Leite - como se fossem estes meios de comunicação social a imporem ao partido, seja ele qual for - e que não sei como se pode revoltar e reagir contra isto - os candidatos que devem disputar a liderança e boicotar os pretensamente candidatos menos potenciais ou "periféricos". Ou seja essa treta, que frequentemente ouvimos, de que todos os militantes são potenciais candidatos à liderança dos seus partidos, não passa de uma encenação patética e hipócrita alimentada por um sistema partidário que se gere a si próprio, que manipula procedimentos, que condiciona o que quer, que luta pela sobrevivência, que faz os fretes em função dos seus interesses e que, quando em desespero, faz tudo o que for preciso para manter-se a boiar, mesmo que não saiba nadar e não tenha...bóia!
Sem comentários:
Enviar um comentário