Revela o mesmo semanário "Sol", num texto da jornalista Sofia Rainho, que "20 mil deixaram de pagar quotas: Um terço dos militantes sociais-democratas só tem as quotas pagas quando há eleições internas. Desde as últimas directas, entre Mendes e Menezes, em Setembro passado, mais de 20 mil cessaram o pagamento das suas quotas. Dos cerca de 63 mil militantes que tinham as quotas pagas à data das directas em que Luís Filipe Menezes derrotou Marques Mendes, em Setembro de 2007, pouco mais de 40 mil têm actualmente a sua situação regularizada e estão em condições de votar no próximo dia 31. O prazo limite para o pagamento das quotas só termina, porém, no próximo dia 21. E, com o partido bastante dividido – como reconhecem unanimemente as três candidaturas –, quer Manuela Ferreira Leite, quer Pedro Passos Coelho, quer Pedro Santana Lopes esperam conseguir captar mais votantes e a caça aos votos está ao rubro. Recorde-se que, dos 63 mil militantes em condições de votar em Setembro do ano passado, só dois terços efectivamente exerceram o seu direito de voto. O que quer dizer que o próximo líder do PSD pode bem ter menos votos do que o candidato derrotado nas últimas directas (Menezes conquistou um total de 20.701 e Marques Mendes 16.334)". E ainda se atrevem a dizer que a renovação não é urgente?! Eu vou mais longe, o PSD precisa de uma revolução, custe o que custar, doa a quem doer, que tem que vir de baixo para cima, partir das bases, dessa massa imensa e anónima que garante a sobrevivência do PSD. Uma revolução contra "donos" de partidos, contra "consciências morais" da treta, uma revolução que seja capaz de devolver ao PSD a sua identidade e que vise, declaradamente, e sem receio de o assumirmos, certos sectores das elites oportunistas que se julgam donos dos lugares e que foram os principais causadores da situação em que os social-democratas hoje se encontram. Por isso estas "directas", enquanto essa revolução não se fizer, serão sempre uma farsa. Sobre isto, e ainda durante o dia de hoje, vou recordar - pelo abuso na utilização do seu nome - o que se passou com Sá Carneiro, a determinação dele, a revolução que ele promoveu no PSD contra as elites (e muitos deles andam por aí...) mas que não o impediu da vitória.
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