Numa entrevista concedida hoje à TSF e ao "Diário de Notícias", o Presidente da Liga (e, já agora, apoiante de Passos Coelho), Hermínio Loureiro, defendeu que os clubes com salários em atraso devem ser impedidos de jogar provas oficiais. Eu estou 100% com ele. Incondicionavelmente. Desconfio é que não tenha força para impor as suas ideias e para mobilizar o governo, já que quanto à razão ela está toda do seu lado: "Hermínio Loureiro vai propor que os clubes com salários em atraso fiquem impedidos de disputar as competições profissionais, para acabar com a "vergonha" das dívidas aos jogadores. Neste contexto disse que os clubes - no exemplo o Boavista - devem ser impedidos de jogar em caso de condenação pela Comissão Disciplinar da Liga, mesmo que exista recurso pendente no Conselho de Justiça federativo. "Vou escrever pelo meu punho e apresentar uma proposta no sentido de criar condições para que, no final da época desportiva, a Liga possa saber se há ou não incumprimento salarial. E só quando for regularizado é que (os clubes) poderão voltar à competição", anunciou o presidente da LPFP. "Os salários em atraso são uma vergonha em qualquer actividade", mas adiantou que desconhece "outro sector em que os trabalhadores tenham mecanismos que possam impedir a própria equipa de voltar a jogar e a inscrever jogadores", apelando ainda à contenção salarial. "Vamos ter que ser mais rigorosos e ter uma perspectiva de contenção e moderação salarial. Estão a ser dados sinais de alerta na nossa economia e o futebol português não pode viver acima das suas possibilidades. Não deixarei de alertar os presidentes dos clubes para esta situação", observou. O presidente da Liga de clubes manifestou-se convicto de que o processo desportivo Apito Final, desencadeado pelo judicial Apito Dourado, sobre corrupção no futebol português, estará concluído antes do arranque da próxima temporada, mas "sem tomar decisões precipitadas". "Ficaria muito desiludido se as decisões não fossem tomadas em tempo útil. Espero que, quem quiser recorrer, tenha tempo que permita que as decisões do Conselho de Justiça (da Federação Portuguesa de Futebol) sejam tomadas ainda antes do início da época desportiva seguinte", disse o dirigente".
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