Gostei do editorial de João Marcelino publicado hoje no DN de Lisboa, com o título em epígrafe: "1 - Parece difícil que Manuela Ferreira Leite, mesmo no cenário mais positivo, consiga melhorar o resultado de Marques Mendes nas anteriores eleições directas do PSD. Será avisado, até, valorizar o facto de ela ter sido a protagonista da maior polémica das anteriores "directas", quando se recusou a apoiar explicitamente Mendes e manteve, por isso, um diálogo picante com Marcelo Rebelo de Sousa.Por outro, é impossível a Pedro Santana Lopes fazer o pleno dos votantes de Luís Filipe Menezes, desde logo porque o anterior líder não o apoia nem o recomenda. E, sobretudo, é cada vez mais forte a possibilidade, face aos apoios conhecidos, de Pedro Passos Coelho vir a tornar-se a grande surpresa das eleições, inclusive ao ponto de estar em condições de disputar a vitória a Manuela Ferreira Leite. Aparentemente, ele recolhe apoios transversais em todo o partido, além de poder reivindicar o facto de ser o único candidato sem responsabilidades no passado recente, tanto do PSD como na ideia de governação do País que ficou associada aos governos de coligação com o CDS/PP.A soma de todos estes dados parece indicar, ainda a algumas semanas de distância, que o novo líder do PSD não terá, ao contrário do que teve Menezes, a maioria da preferência dos militantes em condições de votar (pouco mais de 63 mil no último sufrágio, em Setembro do ano passado).Ora, se Menezes, com mais de 50% das preferências dos 38 mil militantes que exerceram o voto, não teve capacidade de federar o partido, que legitimidade interna poderá estar associada a um candidato que vença com menos de metade dos votos?".
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