Segundo o semanário "Sol", o presidente do Governo Regional da Madeira, Alberto João Jardim, considerou ontem que a «situação de confronto com Lisboa» nunca foi «tão delicada e tão grave», mas rejeitou a ideia de independência da região. «A situação de confronto com Lisboa nunca foi tão grave, nem sequer em 75. Nunca houve uma situação tão delicada e tão grave», afirmou Alberto João Jardim, em declarações aos jornalistas em Lisboa, à margem da inauguração das instalações da representação do Governo Regional e da Casa da Madeira na capital. Embora reconhecendo que as atitudes do primeiro-ministro para com a Madeira fizeram de alguma forma ressuscitar os movimentos de independência da região, Alberto João Jardim recusou, contudo, tal hipótese. «Sou um autonomista. Não sou nem independentista, nem integracionista», disse, rejeitando a ideia defendida pelo deputado madeirense social-democrata Gabriel Drumont de independência da região autónoma. A solução, acrescentou o presidente do Governo Regional e líder do PSD/Madeira, deverá passar pela «unidade diferenciada». «A solução deve continuar a ser a unidade nacional, mas diferenciada», sublinhando, defendendo que continue o continente e a Madeira continuem a ser a «mesma pátria», com o mesmo chefe de Estado, a mesma bandeira, «mas cada um com o seu poder legislativo». «Não aceito que em Lisboa digam 'não podem ir por esse caminho'», acrescentou, lamentando os «abusos de Lisboa».
Sem comentários:
Enviar um comentário