sábado, dezembro 30, 2006

Porrada

Miguel Sousa Tavares é ele próporio. Sempre excessivo em relação à Madeira e particularmente a Alberto João Jardim, vive com base na ideia de que somos todos uns chulos do orçamento de Estado, que não pagamos impotsos e que somos um ónus para a República Portuguesa, coitadinha da "senhora lady" toda púdica e habituada a viver com o que tem. Mas Sousa Tavares quando dispara, dispara mesmo. Que o diga o arquitecto Saraiva, ex- director do Expresso e agora director do "Sol", autor da segunda versão do livro "Confissões". Sousa Tavares não se ficou pelos ajustes em artigo publicado no Expresso: "(...) Eu conheço alguns jornalistas assim, que avaliam os governos e o estado do país pela facilidade que têm ou não têm em almoçar com os ministros, o primeiro-ministro ou o Presidente. E, quanto maior é essa facilidade, quanto mais são as atenções e intimidade que os ‘grandes’ da política lhes proporcionam, mais eles acham que estão informados, que influem e que são parte da história. (...) Convidado para almoçar em S. Bento, Saraiva não gostou da entrada de espargos e salmão fumado e conseguiu que o primeiro-ministro Guterres mandasse fazer uns ovos mexidos para ele. E acha que o episódio é importante para demonstrar a importância que se atribui na história da política portuguesa dos últimos anos. Não é: é apenas ridículo e de mau-gosto. Ao decidir-se, “por amor à verdade”, a escrever um livro onde torna públicas as conversas privadas que teve com os homens do poder, não se alcança onde esteja a coragem de que se arroga, mas apenas uma imensa vaidade e vacuidade. Teve nas mãos o Expresso, teve na mesa os poderosos do país e, afinal, pode orgulhar-se de quê - de ter inventado o saco de plástico para carregar o jornal que ele próprio classificou como a sua maior contribuição enquanto director?" (...)
Interessante...

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