sexta-feira, julho 26, 2019

Nota: o Chão da Lagoa e o pragmatismo realista

Não se iludam com o Chão da Lagoa, que voltará a ser uma festa do povo porque as pessoas gostam de ali estar, independentemente de como votam depois, ou sequer se votam. Sempre disse que há muita gente que vai lá estar, que não vota no PSD-M, mas que gosta daqueles ambientes, sente-se bem, pelo que ninguém tem o direito de misturar isso com política, apesar das pessoas saberem que aquela iniciativa é de um partido que não se esconde e que obviamente tem uma carga política num dado momento específico. Mas isso não serve de referência para nada nem para ninguém. Aliás é um perigo alimentar a ilusão de que a afluência dita seja o que for em termos de futuro próximo. Nem o Chão da Lagoa nem outra que não sei se se realizará porque  o pior que pode acontecer a alguns é transparecer uma imagem de desmobilização, de desconfiança e de fragilidade, sinais que as europeias terão instalado naquelas hostes. A arruaça instala-se com recurso a insinuações rafeiras, até de alguns autarcas pressionados pelas derrotas de Maio, que mais parecem a tentativas de justificação de repetidas contrariedades eleitorais que se aproximam.
Vamos ser honestos. O maior partido das Madeira, o PSD-M, tem cerca de 10 mil militantes em efectividade de funções, valor que não chega aos 800 no caso do segundo partido regional ou bem menos que isso nos partidos mais pequenos que dificilmente ultrapassam os 300 a 400 militantes inscritos e em efectividade de funções estatutárias. Ora quando se ignora esta realidade e se fazem extrapolações idiotas, a resposta só pode ser uma enorme gargalhada (LFM)

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