sexta-feira, julho 26, 2019

Funchal: "arrastão" camarário contra abusos das esplanadas

De repente a CMF de Miguel Gouveia - estaremos de facto perante uma CMF diferente da CMF de Cafofo? - resolveu ir para o terreno, não sei se para limpar a cara, se para tentar neutralizar críticas, se para acabar com a bandalheira que era demasiado abusadora em contraste com a tolerância camarária cúmplice. Ou se se limitou a agir em função de qualquer decisão judicial que porventura exista e que se desconheça (existirá?) ou se a CMF recebeu algum alerta da Protecção Civil ou dos bombeiros municipais a alertar para o estrangulamento abusivo em áreas da cidade mais sensíveis em caso de sinistros. A verdade é que o "arrastão" camarário contra os abusos das esplanadas da cidade - embora recorde que o mandato destes autarcas funchalenses começou em, 2013... - que eu subscrevo, está rodeado de algumas interrogações e de alguma estupefação. Até a "dançarina" JPP - porque baila em função do parceiro e do local da festa - que foi parceira de Cafofo na coligação funchalense de 2017, surgiu a manifestar a surpresa pelas motivações subjacentes a essa investida da fiscalização camarária acompanhada da BIR policial.

É um facto que depois da Rua da Carreira a CMF atacou na Zona Velha mas todos sabemos que os problemas, em termos de abusos dos espaços públicos ocupados por esplanadas (há negócios cujo espaço interior ocupa 1 ou 2 mesas mas apresentam 4, 5 ou 6 vezes mais de oferta no exterior, sem que porventura tenham pago as adequadas licenças camarárias daí resultantes), não se limitam apenas a esses dois pólos. Há outros locais mais mediáticos, mais conhecidos onde os abusos porventura estarão ao mesmo nível ou pior ainda, dos que foram agora alvo da voracidade fiscalizadora tardia da CMF. Ou seja, que esta acção camarária não tenha sido um acto isolado mas que tenha continuidade, coerência, persistência, teimosia e intolerância perante o abuso (LFM)

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