Segundo o Económico, “a comissão de trabalhadores entregou ao conselho de administração da empresa um conjunto de sugestões. A administração da RTP, liderada por Alberto da Ponte, vai aprovar o plano de reestruturação da empresa antes de 15 de Março, data em que o presidente da empresa vai à Comissão Parlamentar de Ética explicar o documento. O plano será depois entregue ao ministro Miguel Relvas. O prazo, confirmado ao Diário Económico por fonte próxima da RTP, deixa à Comissão de Trabalhadores (CT) nove dias para emitir um parecer final sobre o documento. A CT entregou ao Conselho de Administração (CA) um conjunto de sugestões para a reestruturação da empresa, mas sublinha que se trata de uma "colaboração" e não de um parecer final, por considerar que os documentos que lhe foram entregues até agora não passam de "rascunhos". "Só teremos um parecer quando a administração entregar o fundamento final. Ninguém entrega pareceres sobre rascunhos", assegura fonte daquele organismo. A CT_alega ainda que Alberto da Ponte não poderá entregar o documento ao ministro, sem o dar a conhecer na totalidade aos trabalhadores. "Só se entregar uma página vazia", reforça a mesma fonte. De acordo com a lei, os trabalhadores_têm dez dias para se pronunciarem depois de receberem o plano, mas a administração da empresa e a CT_não estão de acordo quanto ao momento a partir do qual este prazo deve começar a contar. O documento intitulado "Plano de Desenvolvimento e Redimensionamento" foi entregue à CT_a 21 de Fevereiro. Uma semana depois, o CA entregou um segundo documento (‘Draft 2') aos trabalhadores. Mas, para a CT_ambos os documentos carecem "dados substantivos sobre contas". Fonte da estação pública diz que objectivo é que o documento inclua pareceres e recomendações de todas as partes envolvidas e lembra que a segunda versão já incluía alguns contributos destes. Entretanto, a Lusa revelou ontem que o plano de reestruturação da RTP contempla a abertura de um novo processo de rescisões amigáveis este ano, com o qual prevê gastar perto dos 30 milhões de euros. O montante deverá ser obtido junto da banca. As audições de Alberto da Ponte e Miguel Relvas (que vai à Comissão de Ética um dia antes do presidente da RTP) foram remarcadas a pedido da CT".