sexta-feira, março 15, 2013

Candidato madeirense à liderança do PS pede transparência nas contas do partido

Li no Publico que "Aires Pedro desafia Seguro a garantir que não está a utilizar meios financeiros do PS na campanha interna. Em nome da transparência interna do PS, Aires Pedro, candidato à liderança do partido, pergunta a António José Seguro se está a "utilizar os meios financeiros do partido" na campanha para a sua reeleição a secretário-geral. Aires Pedro referia-se ao périplo que o líder do PS está a fazer pelo país. Numa carta aberta que enviou a António José Seguro e à presidente do partido, Maria de Belém, e que foi conhecida esta sexta-feira, Aires Pedro desafia o secretário-geral a esclarecer "imediata e publicamente" se "é verdade que está a utilizar os meios financeiros disponibilizados pelo PS no interesse e benefício da sua própria campanha para secretário-geral no périplo que está a fazer pelo país"."O já conhecido périplo, batizado por António José Seguro pelo chavão ‘As pessoas estão em primeiro’ (??), é apenas um mero disfarce para fazer campanha em nome da sua reeleição como secretário-geral do PS", refere a carta, a que o PÚBLICO teve acesso. "O meu adversário estará a aproveitar tais ‘peregrinações’ apenas com o certo e seguro objetivo de promover junto dos militantes do PS a sua campanha interna visando a sua reeleição, tal como parece que já o fez recentemente na cidade de Braga", acrescenta. Aires Pedro afirma que Seguro vai estar no sábado em Viseu para apresentar oficialmente o deputado José Junqueiro como candidato à câmara, após o que "dará a conhecer a sua moção política de orientação nacional". À tarde, sublinha o candidato, Seguro estará na Guarda "a promover a sua campanha junto dos militantes daquela federação do PS". "Ora, sabendo-se que em campanha pelo PS, o seu secretário-geral e respetivos assessores fazem-se deslocar através de meios financeiros disponibilizados pelo PS, sinto a necessidade de exigir ao meu camarada (...) que venha esclarecer publicamente se tais meios financeiros (automóveis, combustíveis e pagamento de portagens) usados na apresentação dos candidato do PS estarão ou não a serem usados (também) no interesse e beneficio da sua própria campanha (...)", escreve. Pedindo "transparência das contas públicas" e "igualdade de tratamento de candidaturas", o autor da carta aberta considera que "não parece plausível que dirigindo-se Seguro primeiramente a Viseu em suposta campanha de apresentação do camarada José Junqueiro, proceda posteriormente à substituição das viaturas oficiais (que transportam todo o seu staff, propriedade do PS e demais meios financeiros adstritos apenas a tal fim política) por viaturas particulares e que tais gastos de campanha interna sejam apenas custeados por fundos que se encontram afetos à sua campanha como candidato a secretário-geral". Entende ainda Aires Pedro que esta forma de atuar "consubstancia uma inadmissível violação das regras de financiamento próprias dos partidos, princípios em relação aos quais os órgãos do PS e em especial o seu atual secretário-geral se encontram vinculados". A carta revela que o anterior secretário-geral do PS, José Sócrates, fazia-se deslocar a si e aos seus apoiantes, em campanha interna, em viaturas particulares, custeando as demais despesas da sua campanha com meios próprios e nunca com financiamento do próprio partido"