quarta-feira, outubro 12, 2011

No mundo: em três anos destruiram-se 13 milhões de empregos

Li aqui que "um relatório da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) cifra em 13 milhões o número de postos de trabalho que, devido à crise, se perderam desde 2007 nos 34 países-membros da organização. Nesses países existem agora 44 milhões de desempregados, muitos deles nessa situação há mais de um ano. O relatório, citado no site de Der Spiegel, traça perpsectivas sombrias para o futuro próximo ao afirmar que, "embora a situação tenha melhorado alguma coisa em várias regiões no ano de 2010,o mais recente abrandamento do crescimento económico reduz essas melhorias a nada". No plano social, as mesmas perspectivas sombrias resultam não só da análise quantitativa, mas também da apreciação qualitativa das realidades detectadas no relatório: "Cada vez mais pessoas conseguem apenas contratos de trabalho a termo, que - ao contrário do que antes sucedia -, conduzem a um beco sem saída, em vez de servirem de trampolim para uma ocupação profissional duradoura". Os mais atingidos pelo agravamento do desemprego são os jovens entre os 15 e os 24 anos, tendo a sua taxa de ocupação descido em 10 por cento. Essa perda de empregabilidade dos jovens foi especialmente sensível nos casos em que as suas qualificações eram limitadas. No final de 2010, havia mais de 22 milhões de jovens nos países da OCDE sem posto de trabalho nem de estudo. Os homens foram mais atingidos do que as mulheres pelo agravamento do desemprego, tendo perdido 2,6 por cento. As mulheres perderam 0,6 por cento dos empregos que tinham. Um outro aspecto em que os números não dizem tudo é o respeitante à duração das situações de desemprego: essa reflecte em geral a existência de um desemprego crónico, visto que aumentou em flecha nos últimos tempos. Desde 2007, o desemprego de longa duração duplicou em vários países europeus e triplicou nos Estados Unidos. As únicas excepções encontradas no plano quantitativo são a Alemanha e o Chile, ainda assim com a reserva de que, na Alemanha, "a percentagem de pessoas que há um ano ou mais não encontram trabalho é muito alta, com 47% de todos os desempregados".

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