sexta-feira, abril 25, 2025

Barcelona virou finalmente as costas às multidões de turistas. Agora, a cidade enfrenta um grande problema


No verão de 2024, depois de anos a suportar as pressões do excesso de turismo, os habitantes de Barcelona intensificaram os seus protestos, com milhares de pessoas a juntarem-se para gritar "turistas vão para casa". Mas foi um pequeno grupo armado com pistolas de água de brinquedo que fez manchetes, atirando-as aos visitantes sentados nos cafés ao ar livre. Talvez um ato de malícia, aparentemente inofensivo. No entanto, quando as imagens do incidente se espalharam por todo o mundo, o poder de fogo daquelas armas de brincar tornou-se rapidamente evidente. As tensões de longa data em Barcelona sobre a transformação da cidade num parque de diversões para turistas tinham-se transformado numa hostilidade muito pública.

O ataque surpresa com esguichos, criticado por alguns altos responsáveis do turismo, foi também imagem de uma situação que se verifica em muitos outros destinos, de Amesterdão a Bali, onde os residentes locais se vêem obrigados a sair das próprias casas devido a uma indústria turística global que se torna maior e mais expansiva todos os anos. Barcelona, como muitos desses lugares, também enfrenta outro problema. Embora o turismo de massas possa estar a sobrecarregar a cidade, é também vital para a sua existência, proporcionando emprego e rendimentos. O turismo representa atualmente 14% da economia da cidade e assegura 150.000 postos de trabalho, segundo Mateu Hernández, diretor do Consórcio de Turismo de Barcelona.

É um exercício de equilíbrio que os responsáveis pelo turismo da cidade conhecem muito bem, à medida que Barcelona se prepara para a chegada de multidões de visitantes este verão. Mesmo com a adoção de medidas destinadas a ajudar a proteger os residentes locais, tem havido preocupações oficiais de que muitos turistas possam não se sentir bem-vindos. Hernández, cujo Consórcio é o conselho de promoção turística da cidade, apontou para "uma perceção de que Barcelona não quer turistas. Preocupa-nos a imagem de Barcelona com excesso de turismo", explicou a um grupo de correspondentes estrangeiros em Madrid, em janeiro.

quinta-feira, abril 24, 2025

Diferencial na criação de riqueza entre os EUA e a União Europeia

O que explica o diferencial na criação de riqueza entre os EUA e a União Europeia? A resposta reside, essencialmente, nas diferenças de produtividade e no volume de horas trabalhadas. Em 2023, a produtividade por hora trabalhada nos Estados Unidos, medida em paridade de poderes de compra, atingiu os 83,6$, um valor 24% superior aos 67,4$ registados na União Europeia. Além da maior produtividade horária, os trabalhadores norte-americanos também trabalham mais horas anualmente. Em 2023, a média nos EUA foi de 1.804 horas por trabalhador. Na União Europeia, o valor mais recente (referente a 2022) é de 1.571 horas, o que representa uma diferença de 15%, a favor dos EUA. Esta combinação de maior eficiência por hora e um maior número de horas trabalhadas por pessoa, contribui significativamente para a maior capacidade de geração de riqueza observada na economia norte-americana em comparação com a europeia (Mais Liberdade, Mais Factos)

Legislativas: Sul e ilhas com votos desperdiçados mas possíveis surpresas

As regiões do sul de Portugal e os arquipélagos da Madeira e dos Açores preparam-se para um novo embate eleitoral a 18 de maio, num contexto marcado por disputas renhidas, milhares de votos que não se traduzem em mandatos e algumas incógnitas que poderão redefinir o equilíbrio de forças políticas. Em zonas como o Alentejo, Algarve e ilhas, o número reduzido de lugares a atribuir ao Parlamento acentua o impacto do sistema eleitoral e pode provocar reviravoltas inesperadas. Portalegre, o círculo eleitoral que menos deputados elege em todo o país (apenas dois), é exemplo disso mesmo. Segundo o Diário de Notícias, em 2024, 40% dos votos ali expressos — cerca de 23.650 — foram desperdiçados, ou seja, não contribuíram para eleger qualquer deputado. Uma realidade que o PSD local quer inverter. “Queremos recuperar o deputado que escapou desde 2015”, declarou ao Diário de Notícias uma fonte da estrutura distrital, sublinhando que dificilmente conseguirão ultrapassar o PS, força historicamente dominante no distrito. A expectativa passa agora por aproveitar a fragilidade da lista do Chega — abalada pela saída de Henrique de Freitas, que se demitiu após ser excluído da candidatura — para garantir o segundo lugar. Caso tal aconteça, poderá eleger-se João Pedro Luís, secretário-geral da JSD, e nome número dois da lista liderada por Manuel Castro Almeida.

Em Évora, a distribuição dos três mandatos disponíveis poderá manter-se inalterada em relação a 2024: dois para o PS, um para o PSD. O Chega, que há um ano conquistou um lugar pela primeira vez com Rui Cristina, volta a arriscar com um candidato externo — Jorge Galveias, anteriormente cabeça de lista por Aveiro. Já a CDU, que perdeu representação em 2022 e 2024, procura agora recuperar terreno com Maria da Graça Nascimento, embora fontes socialistas locais considerem que a candidatura comunista não terá força para se impor, lamentando que “não tenha o peso político de nomes anteriores, como João Oliveira ou Alma Rivera”.

Leia aqui o Decreto-Lei n.º 37-A/2025, de 24 de março (Define um novo modelo para a atribuição de um subsídio social de mobilidade)



Decreto-Lei n.º 37-A/2025, de 24 de março

Publicação: Diário da República n.º 58/2025, Suplemento, Série I de 2025-03-24

Emissor: Presidência do Conselho de Ministros

Entidade Proponente: Infraestruturas e Habitação

Data de Publicação: 2025-03-24

SUMÁRIO

Define um novo modelo para a atribuição de um subsídio social de mobilidade no âmbito dos serviços aéreos entre o continente e as Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira e entre estas regiões.

TEXTO

Decreto-Lei n.º 37-A/2025, de 24 de março

O Decreto-Lei n.º 41/2015, de 24 de março, regula a atribuição de um subsídio social de mobilidade aos cidadãos beneficiários, no âmbito dos serviços aéreos entre o continente e a Região Autónoma dos Açores e entre esta e a Região Autónoma da Madeira, prosseguindo objetivos de coesão social e territorial.

Em execução do referido diploma, a Portaria n.º 95-A/2015, de 27 de março, na sua redação atual, definiu o modo de proceder ao apuramento do valor do subsídio social de mobilidade previsto no Decreto-Lei n.º 41/2015, de 24 de março.

Por sua vez, o Decreto-Lei n.º 134/2015, de 24 de julho, na sua redação atual, regula a atribuição de um subsídio social de mobilidade aos cidadãos beneficiários, no âmbito dos serviços aéreos e marítimos entre o continente e a Região Autónoma da Madeira e entre esta e a Região Autónoma dos Açores, prosseguindo objetivos de coesão social e territorial.

Igualmente em execução do referido diploma, a Portaria n.º 260-C/2015, de 24 de agosto, na sua redação atual, definiu o modo de proceder ao apuramento do valor do subsídio social de mobilidade e o prazo em que o mesmo deve ser solicitado.

Entretanto, foi aprovada a Lei n.º 105/2019, de 6 de setembro, que veio introduzir alterações significativas ao regime constante do Decreto-Lei n.º 134/2015, de 24 de julho, com a eliminação do valor máximo do custo elegível e a transferência para as companhias aéreas das responsabilidades financeiras, administrativas e riscos associadas à atribuição do subsídio social de mobilidade. Este regime nunca chegou a ser operacionalizado tendo, por isso, sido publicado o Decreto-Lei n.º 28/2022, de 24 de março, que definiu um regime transitório para a atribuição do subsídio social de mobilidade aos cidadãos beneficiários, no âmbito dos serviços aéreos e marítimos entre o continente e a Região Autónoma da Madeira e entre esta e a Região Autónoma dos Açores, mantendo, as condições estabelecidas no Decreto-Lei n.º 134/2015, de 24 de julho.

Tal regime transitório, na sequência de prorrogações aprovadas por decreto-lei, aplica-se até ao dia 31 de março de 2025, período que foi considerado necessário para a definição de todos os procedimentos indispensáveis à plena operacionalização do novo modelo de atribuição do subsídio social de mobilidade.

De referir que tal regime transitório aplica-se igualmente a qualquer ligação com o Porto Santo, ainda que os passageiros beneficiários residentes naquela ilha tenham que utilizar a ligação interilhas, aérea ou marítima, e tenham como destino final o continente ou a Região Autónoma dos Açores, bem como a todas as viagens cujo destino final ou escala seja um porto ou aeroporto localizado na Região Autónoma dos Açores ou no continente, desde que incluída num único número de bilhete em cada modalidade, aéreo e marítimo, independentemente do número de escalas da origem ao destino entre regiões autónomas ou estas e o continente.

Em face do quadro legal anteriormente referido o Governo decidiu criar um regime jurídico uniforme e único, tendo em vista objetivos de simplificação, eficiência e tratamento igualitário entre as Regiões Autónomas.

Adicionalmente, o Governo entendeu rever os requisitos de elegibilidade dos beneficiários do subsídio social de mobilidade, procurando clarificar e simplificar o respetivo regime.

Produtividade: Portugal ultrapassado por quatro países da UE desde 1995

Desde 1995, Portugal foi ultrapassado por quatro países da UE, em termos de produtividade por hora trabalhada, e em paridade de poderes de compra. São quatro países do leste europeu, que integraram a UE muito depois de Portugal: Eslovénia, Eslováquia, Chéquia e Roménia. Em 1995, a produtividade por hora trabalhada em Portugal equivalia a 69% da média da UE, sendo que no caso da Roménia nem sequer atingia os 30%. Nas últimas 3 décadas a produtividade em Portugal, em comparação com a média comunitária, manteve-se praticamente inalterada (71% da média da UE em 2023) e o nosso país foi progressivamente ultrapassado por economias de leste (apesar de termos ultrapassado a 🇬🇷 Grécia neste período). Em 1996 fomos ultrapassados pela 🇸🇮 Eslovénia, em 2003 pela 🇨🇿 Chéquia, em 2007 pela 🇸🇰 Eslováquia e em 2019 pela 🇷🇴 Roménia. Fomos ultrapassados por mais economias, mas recuperamos algumas posições entre 2022 e 2023. Portugal é, atualmente, a 9.ª economia menos produtiva da UE, superando apenas a Hungria (70%), a Lituânia (70%), a Croácia (69%), a Estónia (68%), a Polónia (66%), a Letónia (63%), a Bulgária (56%) e a Grécia (56%) (Mais Liberdade, Mais Factos)

Riqueza e países com mais liberdade económica

Os países com mais liberdade económica geram significativamente mais riqueza para todos os seus cidadãos. Segundo dados do Fraser Institute, os países que pertencem aos 25% com mais liberdade económica, apresentam um rendimento médio per capita de 53 mil dólares, enquanto os países que pertencem aos 25% economicamente menos livres, registam apenas 7 mil dólares. Estes valores estão em paridade de poderes de compra e, portanto, ajustados para as diferenças de custo de vida entre países. Além disso, os 10% mais pobres da população também beneficiam substancialmente dessa maior prosperidade. Nos países que pertencem aos 25% com maior liberdade económica, o rendimento médio per capita dos 10% de pessoas mais pobres é de 15 mil dólares, enquanto que nos países menos livres economicamente, é de apenas 2 mil dólares.

Assumindo que cada um dos quartis de liberdade económica é representado por um país com população de 10 milhões de habitantes, no país mais livre, os 10% mais pobres ficam com 14,7 mil milhões de dólares dos 529 mil milhões de dólares gerados no país (2,8% do rendimento total), um valor muito superior aos 1,9 mil milhões dos 70 mil milhões de dólares gerados no país menos livre (2,8% do rendimento total). O crescimento económico impulsionado por um ambiente de maior liberdade e iniciativa privada proporciona melhores condições de vida para todos, reduzindo a pobreza e permitindo maior mobilidade social (Mais Liberdade, Mais Factos)

Quantas pessoas morreram em grandes fomes nos últimos 150 anos?

fonte: Visual Capitalist

Três nações respondem por 59% das pessoas que vivem na pobreza na América Latina

fonte: Visual Capitalist

Andar de avião ainda é seguro? Eis o que dizem os especialistas

A colisão entre um avião da Southwest e um jato privado, no aeroporto de Chicago Midway, é o mais recente de uma série de incidentes que deixaram muitos passageiros nervosos. Só nos Estados Unidos, segue-se a uma colisão mortal no ar sobre o rio Potomac, perto do aeroporto nacional Ronald Reagan Washington, um acidente com um jato da Medevac, em Filadélfia e um acidente com uma companhia aérea regional ao largo da costa de Nome, no Alasca, que matou 10 pessoas.

Entre os acidentes recentes ocorridos em fevereiro, contam-se um voo da Delta que fez uma aterragem de emergência em Atlanta com a cabine cheia de névoa, e o voo 4819 da Delta que fez uma aterragem de emergência, capotou e acabou por ficar de cabeça para baixo no Aeroporto Internacional Pearson de Toronto, num incidente que milagrosamente não causou vítimas mortais. Estes acontecimentos na América do Norte surgem na sequência dos acidentes mortais da Jeju Air e da Azerbaijan Airlines em dezembro de 2024 e cerca de um ano depois de um alarmante rebentamento de um painel de porta de um Boeing nos EUA e de uma colisão incendiária numa pista no Japão.

E em 2023, uma série de quase-colisões em aeroportos dos EUA levou à criação de uma nova equipa de investigadores independentes para análise da segurança. É compreensível que a ansiedade em torno da aviação tenha aumentado. Será que os passageiros têm razões para preocupar-se?

“Não sei se os passageiros devem estar preocupados, mas penso que é importante que o público que viaja de avião se manifeste e exija que o governo e as diferentes entidades façam tudo o que for possível para tornar as viagens aéreas tão seguras quanto possível”, defende Anthony Brickhouse, um perito em segurança da aviação sediado nos EUA. No entanto, mesmo tendo em conta os acidentes graves, “estatisticamente falando, é mais seguro viajar de avião do que de carro até ao aeroporto”, sublinha Brickhouse, que tem décadas de experiência em engenharia aeroespacial, segurança aérea e investigação de acidentes. “As viagens aéreas continuam a ser o meio de transporte mais seguro”, garante.

Madrid trava orçamento de Canárias

fonte: Provincia de Las Palmas

Canárias debate transportes e mobilidade

fonte: El Dia, Tenerife

Curiosidades: Lago da Lua Crescente

O Lago da Lua Crescente, também conhecido como Yueyaquan, está localizado na 29 província de Gansu, na China, no meio do deserto de Gobi. Lago da Lua Crescente é um oásis como nenhum outro. Outrora uma parada crucial para os viajantes da Rota da Seda, o Lago da Lua Crescente é famoso por suas águas cristalinas, que contrastam lindamente com as dunas de areia dourada das Montanhas Mingsha. Apesar da invasão do deserto, essa maravilha natural manteve milagrosamente sua forma e níveis de água ao longo dos séculos, graças às nascentes subterrâneas (fonte: Internet, Facebook)

Curiosidades: Os túneis de Hensinquia

Helsínquia possui uma vasta rede de túneis subterrâneos que ajudam os moradores a se deslocarem sem enfrentar o frio intenso do inverno. Com mais de 200 km de túneis, essa infraestrutura conecta centros comerciais, estações de metro, escritórios e até abrigos subterrâneos, Além de proporcionar conforto durante o inverno rigoroso, em que as temperaturas que podem chegar a -20°C, os túneis também ajudam a otimizar o espaço urbano e facilitar a mobilidade suave (fonte: Internet, Facebook)

Trump e as ameaças a Canárias

fonte: El Dia, Tenerife

Fundador de Davos acusado de manipular relatório do Fórum Económico Mundial para favorecer governos

Klaus Schwab, fundador do Fórum Económico Mundial (WEF, na sigla em inglês) e rosto principal da cimeira anual de Davos, está a ser acusado de manipular dados do Relatório de Competitividade Global da organização para favorecer determinados governos. As alegações constam de uma carta de denúncia enviada na semana passada ao conselho de administração do WEF, que motivou a abertura de uma investigação interna e a renúncia de Schwab à presidência do organismo, ocorrida discretamente no fim de semana da Páscoa, de acordo com o ‘Financial Times’.

Segundo o conteúdo da denúncia, Schwab terá ajustado a metodologia do relatório – que classifica os países de acordo com a sua produtividade e resiliência – em resposta a pressões de governos descontentes com os resultados. O relatório é uma das bases das discussões em Davos entre líderes mundiais e executivos de topo. Recorde-se que Klaus Schwab se demitiu-se do cargo de presidente e membro do Conselho de Administração da organização na passada segunda-feira, virando uma página na história da instituição conhecida pela reunião anual de Davos, na Suíça. Em comunicado divulgado esta quarta-feira, Schwab nega todas as acusações, incluindo alegações de uso indevido de fundos do Fórum e de tentativa de influência para uma nomeação ao Prémio Nobel da Paz. “Desenvolvi a metodologia deste relatório em 1979 e sempre mantive um papel ativo no seu aperfeiçoamento”, afirmou, considerando “insultuosa” a sugestão de manipulação. O fundador do WEF diz-se vítima de um “assassinato de caráter” e anunciou ter iniciado um processo de difamação contra os autores anónimos da denúncia.

A mesma carta levanta ainda suspeitas sobre uma alegada cultura de trabalho tóxica no seio da organização, com queixas não investigadas de assédio sexual e discriminação contra mulheres e funcionários negros. Em março, uma investigação preliminar conduzida pelo Fórum concluiu que não havia evidências legais de má conduta por parte de Schwab. No entanto, as novas alegações terão levado a organização a reconsiderar a sua posição, apesar de, em comunicado recente, o Fórum enfatizar que todas as acusações “permanecem sem comprovação” (Executive Digest)

Debate entre Rui Tavares e Inês Sousa Real visto por 21 mil telespectadores

O debate mais visto destas duas semanas, recorde-se, continua a ser o que colocou frente a frente Pedro Nuno Santos e André Ventura, seguido por quase 1,094 milhões de telespectadores. O frente a frente entre Rui Tavares e Inês Sousa Real, o único debate que decorreu nesta terça-feira, foi acompanhado por cerca de 21 mil telespectadores. Transmitido apenas na RTP3, o debate foi transmitido às 18h15. O debate mais visto destas duas semanas, recorde-se, continua a ser o que colocou frente a frente Pedro Nuno Santos e André Ventura, seguido por quase 1,094 milhões de telespectadores, mais cerca de 36 mil do que os que assistiram ao frente a frente entre Mariana Mortágua e Pedro Nuno Santos (ECO online)

Qual é a probabilidade de Tolentino de Mendonça ser o próximo Papa

O cardeal madeirense está na lista restrita de 22 candidatos à sucessão do papa Francisco  elaborada pelos especialistas. Mas o padre José Manuel Pereira de Almeida, vice-reitor da Universidade Católica, diz à Euronews que as probabilidades do português não são muito elevadas. A morte do Papa Francisco intensificou o debate no espaço público sobre o seu potencial sucessor e lançou um frenesim nas casas de apostas sobre quem será escolhido para ocupar o cargo de topo da Igreja Católica Romana, ramo maioritário do Cristianismo com mais de mil e 300 milhões de fiéis em todo o mundo.

Entre os 136 cardeais que vão escolher o futuro Papa, isto é, cardeais com menos de 80 anos, requisito imposto pelas atuais normas da Igreja, quatro são portugueses: D. Manuel Clemente, patriarca emérito de Lisboa; D. António Marto, bispo emérito de Leiria-Fátima; D. José Tolentino Mendonça, prefeito do Dicastério para a Cultura e Educação, e D. Américo Aguiar, bispo de Setúbal.

Tolentino de Mendonça, de 59 anos, o mais jovem entre os chamados candidatos à liderança do Vaticano, foi criado cardeal pelo Papa Francisco em 2019, depois de Manuel Clemente (2015) e António Marto (2018), mas, dos portugueses, é o candidato mais forte a sentar-se na Cadeira de São Pedro, estando mesmo no seleto lote de 22 cardeais considerados pelos especialistas do Cardinalium Collegii (Colégio de Cardeais,. em português) como papabili, ou seja, com condições para chegar a Papa. Esta plataforma online reúne uma equipa internacional e independente de prestigiados jornalistas e investigadores católicos que dão informação sobre os principais candidatos, embora ressalve que não faz prognósticos sobre quem poderá ser o próximo pontífice.

Sondagem: AD lidera, maioria com Iniciativa Liberal mais perto

Em conjunto, AD e IL chegam aos 42,4%. Em 2022, o PS teve maioria absoluta com 41,38%. Distribuição de mandatos será decisiva. Se as eleições de 18 de maio se realizassem no próximo domingo, a AD venceria as eleições com 34,1% dos votos. O PS continuaria a ser a segunda força política mais votada com 27,1%, o Chega manteria a terceira posição, com 15,2% e a Iniciativa Liberal (IL) atingiria os 8,3%. Estes resultados da sondagem da Consulmark2 para o Nascer do SOL e a Euronews mostram que em relação à primeira quinzena de abril mantém-se o empate técnico entre as duas grandes forças políticas, já que a margem de erro é de 4,1%.

Um dos dados mais significativos da sondagem é que, dependendo da distribuição de mandatos de deputados, poderá ser possível à AD obter uma maioria absoluta em coligação com a IL: as duas forças em conjunto reúnem 42,4% dos votos. Em 2022, o PS de António Costa atingiu a maioria no Parlamento com 41,38% dos votos.

Certo é que a próxima Assembleia da República continuará a ter uma maioria de direita. Questionados sobre se Luís Montenegro deveria manter o “não é não” ou se deveria aliar-se a André Ventura para conseguir uma maioria absoluta e a resposta foi conclusiva: 66,8% responderam que a AD não deve aliar-se ao Chega. Já sobre uma possível reedição da “geringonça” por parte do PS, os eleitores continuam divididos: 42,95 dizem que a aliança de esquerda deveria ser reeditada contra 49,25 que recusam a ideia. 

Os resultados da mais recente sondagem da Consulmark2 – que nas eleições legislativas de há um ano foi a que mais se aproximou dos resultados eleitorais – indicam ainda que o Livre estabilizou nos 4,3%, que o Bloco de Esquerda (BE) desceu o para os 2,7% em comparação com a primeira quinzena de abril, que a CDU aumentou ligeiramente para os mesmos 2,7% e que o PAN desce para os 1,1%.

Estes resultados resultam da distribuição aritmética de indecisos que, nesta sondagem baixaram ligeiramente de 21,4% na primeira quinzena de abril para 20,2%. Sem a distribuição de indecisos, a AD liderada por Luís Montenegro recolheu 26,7% das intenções de voto, contra 21,3% do partido de Pedro Nuno Santos. Já o Chega recolheu 12% e a Iniciativa Liberal 6,5%. Todos estes partidos sobem em relação à vaga da primeira quinzena de abril. O Livre mantém-se nos 3,3%, o Bloco cai para os 2,1%, empatando com a CDU que sobe ligeiramente. Já o PAN desce para os 0,9%. 

A sondagem foi realizada entre 14 e 22 de abril, já com os debates televisivos a decorrer e no período em que foi divulgada a abertura de uma investigação preventiva a Pedro Nuno Santos. A amostra teve 569 entrevistas telefónicas: 282 homens e 287 mulheres. A margem de erro é de 4,1%.

Um total de 87% dos inquiridos disse ter intenção de votar a 18 de maio e 69,4% já decidiram em quem irão votar. Questionados sobre qual o cenário mais provável, 53% dos inquiridos disse acreditar que a AD irá vencer as eleições com uma maioria relativa, contra 19,7% que acreditam que o PS será o partido mais votado. Apenas 6,5% dizem que a aliança entre PDS e CDS conseguirá a maioria absoluta.

Montenegro é o preferido para primeiro-ministro


Luís Montenegro continua a merecer a preferência dos portugueses para ocupar o cargo de primeiro-ministro. O líder da AD aumentou mesmo a diferença para Pedro Nuno Santos em relação à primeira quinzena de abril. Segundo a sondagem da Consulmark2 para o Nascer do SOL e a Euronews, 45,3% dos inquiridos preferem que seja Montenegro a liderar o próximo governo, contra 25,5% que escolhem o líder socialista. Só 11,8% disseram preferir André Ventura.

Sobre a preocupação de cada um dos candidatos com os temas que mais preocupam os portugueses, os inquiridos acreditam que Luís Montenegro é quem dará mais atenção a temas como a justiça (39,4%), habitação (36,4%), Serviço Nacional de Saúde (40,1%), segurança – por uma esmagadora maioria de 53% –, classe média (45,7%), impostos (46%), guerra na Ucrânia (32%), os  jovens (42,7%), imigração (48,2%), defesa (53,3%) e União Europeia (41,5%). Já Pedro Nuno Santos é visto como alguém que se preocupará mais com os mais desfavorecidos (41,1%), a Segurança Social (38,1%), questões ambientais (30,9%), os idosos (37,3%), as desigualdades sociais (43,1%) e os pensionistas (40,1%).

terça-feira, abril 22, 2025

Legislativas na RAM: evolução da votação nos partidos (2011 a 2024)

Este quadro mostra a evolução da votação dos partidos na Madeira, entre 2011 e 2024, para as legislativas nacionais. O  PSD e o CDS concorreram coligados na Madeira em 2022 e 2024. O Bloco de Esquerda com um resultado surpreendente elegeu um deputado em 2015, graças a um resultado irrepetível desde então. Também o Chega conseguiu o mandato em 2024. (LFM)
 

Legislativas na RAM: evolução abstenção (2011 a 2024)

Este quadro mostra a evolução da abstenção entre 2011 e 2024, para as legislativas nacionais. O  valor mais elevado de eleitores não votantes registou-se em 2015, seguido de 2024. O mais baixo foi registado em 2022 (LFM)

Aviação: o caso dos estranhos fumos a bordo dos aviões


fonte: Jornal de Notícias

Retrato da PSP

fonte: Correio da Manhã

Canárias: Governo de Madrid investe 1000 milhões nos portos das ilhas

fonte: Provincia de Las Palmas

Canárias: guerras turísticas entre Tenerife e Gran Canaria

fonte: Diário de Avisos

Canárias: agitação no turismo

fonte: Diário de Avisos


El Salvador propõe à Venezuela trocar deportados por presos políticos, incluindo de Portugal


O luso-venezuelano Williams Dávila, o único cidadão português de dupla nacionalidade sob custódia das autoridades cuja identidade é conhecida, foi detido em 08 de agosto de 2024, após as eleições presidenciais de julho desse ano na Venezuela O Presidente salvadorenho propôs uma troca de prisioneiros com a Venezuela, sugerindo entregar venezuelanos deportados dos EUA, detidos em El Salvador, recebendo “presos políticos” na Venezuela, incluindo de nacionalidade portuguesa.

Para além do luso-venezuelano Williams Dávila, encontram-se detidos por motivos políticos na Venezuela outros três cidadãos portugueses com dupla nacionalidade, afirmou a organização não-governamental Foro Penal no início de março. Numa publicação na rede social X, partilhada na noite de domingo, dirigindo-se ao Presidente venezuelano, Nicolás Maduro, Nayib Bukele propõe “um acordo humanitário que inclua o repatriamento de todos os 252 venezuelanos que foram deportados [dos Estados Unidos], em troca da libertação e entrega de um número idêntico (252) dos milhares de presos políticos” detidos na Venezuela.

segunda-feira, abril 21, 2025

Eleições regionais e legislativas na RAM: as comparações


Habitualmente, com a proximidade de eleições regionais e legislativas nacionais, as pessoas tendem a fazer comparações ou projecções que, sendo possíveis, não são credíveis nem assentam em critérios rigorosos. Eleições diferentes têm sempre números diferentes, a começar pelos votantes e pela abstenção. 

Recordo que o Bloco de Esquerda, a reboque de factos políticos de âmbito nacional que deram aos bloquistas um bom resultado eleitoral, já elegeu no passado um deputado na Madeira obtendo mais de 13 mil votos. O próprio deputado do Chega eleito em 2024, Francisco Gomes, não pode ser dissociado do impacto associado à projecção de Ventura, embora hoje a situação tenda a ser diferente e existam dúvidas quanto ao desfecho eleitoral deste partido.

No caso da Madeira, este ano, existe um dado novo, que tem a ver com a tendência - a manter-se o voto útil que tem beneficiado o JPP nas duas últimas regionais, e os números dispensam, grandes deambulações quanto à veracidade desse facto - dos "verdinhos" elegerem um deputado a Lisboa, algo que poderá ter um impacto no partido, no seu processo de consolidação e na sua visibilidade mediática e parlamentar. Obrigando ao mesmo tempo os eleitos do PSD e do PS a alterarem a sua postura na Assembleia da República.

Por exemplo, considerando as regionais e as legislativas nacionais de 2024 - e podemos fazer idêntica comparação em 2019, 2015 e 2011 - constata-se que a abstenção cresceu, no caso das duas eleições de 2024, mais de 10 mil eleitores e mais 3,8% nas legislativas nacionais. Quanto aos partidos, o somatório PSD+CDS - concorreram, de forma diferente às duas eleições - obteve um pouco mais de 2.000 votos nas nacionais, o PS perdeu quase 1.500 votos, o JPP caiu mais de 8 mil votos, enquanto o Chega subiu quase 14.800 votos, o que explica a eleição do deputado pela RAM. Todos os demais partidos de referência - Bloco de Esquerda, PCP, PAN e Iniciativa Liberal - aumentaram a votação variando entre os 2.500 e os 212 votos a mais nas nacionais. Isto não significa que o cenário se repita este ano, com eleições regionais e nacionais separadas por  pouco mais de dois meses. Mas é evidente que não se podem fazer comparações nem sequer projecções entre eleições diferentes e que, pela sua natureza e finalidade, mobiliza os eleitores a uma dimensão diferente.

Por isso, e a solicitação de algumas pessoas, elaborei este conjunto de quadros comparativos, entre regionais e legislativas na RAM, que ajudarão as pessoas a perceberem as oscilações eleitorais dos partidos - incluindo da abstenção - em actos eleitorais com realização próxima (LFM)

Estudo indica que quase 1,2 milhões de votos não serviram para eleger deputados

Um estudo indica que cerca de 1,2 milhões de votos nas últimas eleições legislativas foram "desperdiçados" e não serviram para eleger nenhum deputado, correspondendo a 20,4% do total, com os territórios do interior a serem particularmente prejudicados. Este estudo, intitulado "Os votos sem representatividade", foi elaborado pelo matemático Henrique Oliveira, do Instituto Superior Técnico (IST), e trata-se de uma atualização de outro estudo que já tinha sido feito a propósito das eleições legislativas de 2024, mas que ainda não tinha contabilizado os votos dos círculos eleitorais da Europa e Fora da Europa.

"Encontrámos 1.263.334 votos sem representatividade no país, somando os restos de todos os círculos eleitorais analisados (sem brancos e nulos). Correspondem a 20,4% dos votos válidos", lê-se no estudo. Em declarações à agência Lusa, Henrique Oliveira salientou que as principais conclusões do estudo são que "existe uma grande desigualdade no território e na emigração entre os grandes círculos e os pequenos". "Uma pessoa que vote em Lisboa quase certamente elegerá um deputado com o seu voto, a não ser que vote num partido muito pequeno. Em Portalegre, só pode eleger duas forças políticas no máximo, tal como [no círculo] Fora da Europa ou da Europa", referiu.

"Teoria do aeroporto": a nova tendência viral que está a fazer passageiros perderem voos


A tendência de viagens “raw dogging” não foi ousada o suficiente para si? Que tal algo ainda mais emocionante, mais perigoso - e definitivamente nada recomendado pelas companhias aéreas? Estamos a falar da chamada “teoria do aeroporto”, uma tendência do TikTok que desafia as pessoas a chegarem ao aeroporto apenas 15 minutos antes do embarque do voo. A ideia é simples: se já tiver feito o check-in online e viajar apenas com bagagem de mão, pode passar rapidamente pela segurança e seguir diretamente para a porta de embarque, chegando ao avião no limite do tempo, fazendo uma entrada “elegantemente tardia” na cabine.

Parece, no mínimo, arriscado, não é? Falámos com criadores de conteúdo que já experimentaram a "teoria do aeroporto" e também descobrimos o que os aeroportos têm a dizer sobre esta tendência.

Uma corrida de 18 minutos pelo aeroporto de Atlanta (ATL)

A “teoria do aeroporto” questiona se “é mesmo necessário chegar ao aeroporto com tanta antecedência para apanhar um voo”, explica Betsy Grunch, neurocirurgiã e criadora de conteúdos com 2,4 milhões de seguidores no TikTok. “Será que precisamos mesmo de estar lá duas ou três horas antes, como é recomendado, para conseguir embarcar?”.

A ideia por detrás deste conceito é simples: pôr à prova a “teoria do aeroporto” e reduzir o tempo de espera no aeroporto ao mínimo possível até ao limite que o nervosismo de cada um conseguir aguentar. Betsy decidiu pôr a teoria à prova quando, devido ao trânsito intenso e a um contratempo com a bagagem, chegou ao aeroporto da sua cidade com apenas 26 minutos de antecedência em relação à hora do embarque. Esse aeroporto era nada menos que o Hartsfield–Jackson Atlanta International, o aeroporto mais movimentado do mundo.

Como criadora de conteúdo, instintivamente pegou no telemóvel e começou a gravar. “Isso não me atrasa de todo. É uma parte natural da minha vida”, diz. Depois de arranjar um lugar de estacionamento, subiu pela escada rolante em direção ao controlo de segurança. “Basicamente, andei rápido. Acho que correr no aeroporto chama muito à atenção”, afirma.

Um terço dos alojamentos locais estão inativos e podem ser encerrados

Está em curso um inquérito para averiguar a conformidade legal das unidades de AL. As que não cumprirem as regras serão encerradas. Os titulares de registos de AL serão notificados pela Agência para a Modernização Administrativa. O Turismo de Portugal está a avaliar as condições de funcionamento dos alojamentos locais (AL) e prepara-se para encerrar os que não cumprirem as regras. Isto numa altura em que dados da Associa­ção do Alojamento Local em Portugal (ALEP) revelam que 40 mil das 120 mil unidades estão ‘adormecidas’, ou seja, com registos abertos mas sem atividade. Eduardo Miranda, presidente da ALEP, confirma a existência de um “inquérito” em curso para averiguar a conformidade legal das unidades de AL e alerta que “um terço das unidades existentes, cerca de 40 mil, estão sem funcionar, apesar de terem licença válida”, o que só pode durar um ano à luz da lei.

O Turismo de Portugal e a ALEP registam a existência de 120 mil AL no país, porém “alguns deixaram de funcionar, e, apesar de terem a licença válida, não têm atividade”, afirma este dirigente, e dá o exemplo de Lisboa, “onde, das 19 mil licenças, só 12 mil estão ativas, o que distorce o debate e a regulamentação da atividade”. “Os proprietários de AL têm de informar o Turismo de Portugal sobre a validade do seguro obrigatório, sob pena de verem os estabelecimentos suspensos caso a comunicação não seja feita”, indica ao Expresso Hugo Santos, consultor de gestão na Argentarius.

Como a guerra das tarifas vai prejudicar o crescimento económico mundial

A agência de notação financeira Fitch Ratings prevê que a economia mundial cresça menos de 2% este ano, devido ao impacto da “grave escalada da guerra comercial” entre os Estados Unidos e a China. Numa atualização especial do relatório trimestral sobre a economia global, divulgada esta semana, a Fitch sublinhou que um crescimento inferior a [...]. A agência de notação financeira Fitch Ratings prevê que a economia mundial cresça menos de 2% este ano, devido ao impacto da “grave escalada da guerra comercial” entre os Estados Unidos e a China. Numa atualização especial do relatório trimestral sobre a economia global, divulgada esta semana, a Fitch sublinhou que um crescimento inferior a 2% seria o valor mais fraco desde 2009, excluindo o período da pandemia de covid-19.

A agência “reduziu drasticamente” as previsões feitas em março, incluindo cortando em 0,4 pontos percentuais o crescimento mundial e em 0,5 pontos percentuais o crescimento tanto dos EUA como da China. A Fitch espera que a economia norte-americana cresça 1,2% em 2025, mas alertou que irá abrandar ao longo do ano, para apenas 0,4% no último trimestre. A agência reviu em alta, para mais de 4%, a previsão para a inflação nos Estados Unidos, “o que implica uma estagnação dos salários reais”. Quanto à zona euro, a agência prevê que o crescimento fique “muito abaixo” de 1%, enquanto a economia da China deverá crescer menos de 4% tanto este ano como em 2026, aquém da meta de 5% fixada por Pequim.

Sondagem Expresso-SIC: AD na frente e com mais eleitores convictos

Margem de erro mantém empate técnico, embora a vantagem se mantenha para a AD de Montenegro. Entre os que dizem votar PS, só 73% garantem não mudar de ideias até ao dia das eleições. Só os liberais terão mais trabalho a segurar eleitores. Feita na semana de arranque dos debates entre os candidatos às eleições legislativas de 18 de maio, a sondagem do ICS em parceria com o ISCTE, realizada para o Expresso e a SIC, coloca a AD à frente do PS, com 33% e 29% das intenções de voto respetivamente (excluídos os abstencionistas e feita a imputação dos indecisos).

Apesar de a AD seguir na frente, “a diferença entre estas estimativas não é estatisticamente significativa”, sublinha o relatório da sondagem, uma vez que a margem de erro assumida é de cerca de 3,5% para cada um dos partidos. O Chega mantém-se destacado em terceiro lugar, com 21% (teve 18% há um ano) e os liberais, com 4%, lideram o pelotão dos pequeninos. Somando os votos da IL aos 33% da coligação PSD/CDS, parece ainda distante o sonho de Luís Montenegro de atingir uma maioria à direita.

Curiosidades: marcações da pista de aterragem e descolagem

A pista é utilizada para aterragens e descolagens. No caso das pistas operadas por taxiways elas possuem marcações amarelas, a pista possui marcações brancas. Falaremos sobre essas marcações e o que significam.

O início da pista chama-se cabeceira. Pode ser usada para taxi, aterragem e descolagem. Na cabeceira fica um número que identifica a pista. Esse número está relacionado com a direção magnética que a cabeceira está direcionada (assim como uma bússola), pelo que número da pista pode variar de 01 até 36 (sempre de 10 em 10).

Os dois lados terão sempre uma diferença de 180º. Se um lado da cabeceira é 36, o outro é 18, por exemplo. Se a pista está direcionada para 270º em relação ao norte magnético, então o número da pista será 27, e a cabeceira oposta será 09.

Caso haja mais de uma pista paralela, ao lado do número haverá também uma letra, que pode ser R (right, indicando direita), L (left, indicando esquerda) ou C (indicando pista central). Em caso de pista fechada, haverá a marcação de um X nela. As outras faixas que aparecem ao longo da pista indicam a zona de toque, além do comprimento dela.

Há também a marca dos 1.000 metros (ou ponto de mira), indicada por um retângulo branco, que é o local ideal onde a aeronave deverá tocar durante uma aterragem. Para finalizar, há também a marcação dos limites laterais da pista, indicada por uma linha branca contínua, e a linha central da pista, indicada por uma linha tracejada branca e usada como um guia para os pilotos se manterem no eixo da pista (fonte: Internet, Facebook, Tráfego Aéreo Brasil)


Curiosidades: Turbulência durante os voos de avião aumentou nos últimos 40 anos

Uma pesquisa da Universidade de Reading, na Inglaterra, mostrou que a turbulência durante voos de avião aumentou nas últimas quatro décadas em várias regiões do mundo. De acordo com os pesquisadores, o aumento acompanha os efeitos da mudança climática. Num ponto específico sobre o Atlântico Norte — uma das rotas de voo mais movimentadas do mundo — o tempo de turbulência foi de 17,7 horas anuais, em 1979, para 27,4 horas, em 2020, um aumento de 55%. Segundo a equipe responsável pelo estudo, publicado na Geophysical Research Letters, o aumento da temperatura global por conta das emissões de carbono causa o aumento das “cortantes de vento” — também chamadas de “windshear” —, um termo da aviação que descreve a mudança na velocidade/direção do vento em curtas distâncias, o que causa a turbulência nas aeronaves. De acordo com o professor Paul Williams, cientista atmosférico da Universidade de Reading e coautor do estudo, “após uma década de pesquisa mostrando que a mudança climática aumentará a turbulência do ar claro no futuro, agora temos evidências sugerindo que o aumento já começou” (fonte: Internet, Facebook, Tráfego Aéreo Brasil)

Curiosidades: Quando crianças nas escolas francesas bebiam vinho, cidra ou cerveja...


Até 1956, era comum que crianças nas escolas francesas consumissem vinho, cerveja ou sidra durante o almoço. Cada aluno podia receber até meio litro dessas bebidas por dia, muitas vezes diluídas em água. Essa prática era incentivada por campanhas oficiais que promoviam o vinho como saudável e nutritivo, acreditando-se que o álcool ajudava a combater micróbios e fortalecia o organismo infantil.  A proibição começou em agosto de 1956, quando o Ministério da Educação Nacional da França vetou o consumo de bebidas alcoólicas nas escolas para crianças menores de 14 anos. Os adolescentes com mais de 14 anos ainda podiam consumir pequenas quantidades, com autorização dos pais, até que uma proibição total foi implementada em 1981 (fonte: internet, Facebook)

A bolsa portuguesa

Desde 2005, a bolsa portuguesa foi a menos rentável entre os principais mercados desenvolvidos, registando uma rentabilidade média anual de -1,3%. Neste período, a generalidade dos mercados desenvolvidos apresentou desempenhos positivos, com destaque para a Dinamarca (+11,2%), os EUA (+9,8%) e os Países Baixos (+7,5%). Mesmo economias europeias com fraco crescimento económico, como a Espanha e a Itália, tiveram rentabilidades positivas de +3,2% e +1,6%, respetivamente. A bolsa irlandesa, a única além da portuguesa com rentabilidade negativa, registou -0,6%. Este desempenho negativo do mercado acionista português reflete a realidade do PSI, com empresas com fraco crescimento, concentração em setores pouco disruptivos e dificuldades de captação de investimento. O facto de a economia portuguesa ter crescido a um ritmo inferior ao de outros países desenvolvidos também poderá ter impactado o mercado de capitais. Ainda assim, desde o fim da pandemia, o índice PSI tem tido uma trajetória ascendente (Mais Liberdade, Mais Factos)

Como votaram os jovens em 2024?

Estamos a pouco mais de um mês de novas eleições legislativas, sendo que passou pouco mais de um ano das últimas eleições. Nessas eleições legislativas, de 2024, de que forma votaram os mais jovens e os mais velhos? E por nível de instrução? De acordo com uma sondagem à boca das urnas do ICS/ISCTE, nos votantes entre os 18 e os 34 anos de idade, a AD foi quem obteve a maior votação (28%), mas com o Chega a apenas 3 pontos percentuais (25%). O PS obteve apenas 13%, nesta faixa etária. Nos votantes com mais de 65 anos, a realidade é totalmente diferente. O PS obteve quase metade dos votos (48%), seguindo-se a AD com 28%. Nesta faixa etária, o Chega não passou dos 8%. Relativamente ao nível de instrução, entre os votantes com ensino secundário ou inferior, a vitória foi do PS (32%), seguindo-se a AD (26%) e o Chega (22%). Entre os votantes com ensino superior, a AD obteve 36% dos votos, seguindo-se o PS com 23% e o Chega não ultrapassou os 11%. No entanto, sondagens mais recentes parecem indiciar alterações no perfil dos eleitores de 18 de Maio próximo (Mais Liberdade, mais Factos)

A guerra das tarifas e a Europa

 

Na semana passada, Trump anunciou uma tarifa aduaneira de 20% sobre os produtos da União Europeia, tarifa que entretanto foi suspensa e reduzida para 10%. A UE também ameaça retaliar. As relações comerciais entre a UE e os Estados Unidos são fundamentais para a economia europeia, mas nem todos os Estados membros dependem igualmente deste parceiro externo. De acordo com dados do Eurostat, em 2023, a Irlanda foi o país da UE mais dependente das exportações de bens para os EUA, representando 10,1% do seu PIB — um valor muito acima dos restantes países. Seguem-se Bélgica (5,6%) e Eslováquia (4,0%). Portugal apresenta uma exposição mediana, com as exportações de bens para os EUA a representarem 2,0% do PIB, sendo a 13.ª maior percentagem entre os 27 Estados membros da UE. No fundo da tabela surgem países como Chipre, Malta, Luxemburgo, Roménia, Croácia e Grécia, onde o peso das exportações de bens para os EUA é inferior a 1% do PIB. Estas diferenças têm implicações importantes em tempos de instabilidade global ou alterações nas políticas comerciais dos EUA, como acontece atualmente com o regresso de Donald Trump à presidência americana e a imposição de tarifas aduaneiras. Países mais expostos podem sentir impactos económicos mais diretos das tarifas aduaneiras (Mais Liberdade, Mais Factos)

Um mundo de incertezas

O nível de incerteza nas políticas económicas está em valores historicamente elevados tanto nos EUA como na Europa. O Economic Policy Uncertainty Index, que mede a incerteza com base nas notícias dos principais jornais, tem registado picos significativos nos últimos anos, em virtude da pandemia, da guerra na Ucrânia, do contexto geopolítico e, mais recentemente, da governação de Trump (sobretudo devido à sua política comercial). Apesar dos índices para os EUA e para a Europa (referente à Alemanha, Espanha, França, Itália e Reino Unido) não serem comparáveis entre si, é notório que, na maior parte das vezes que existe um pico de incerteza num dos blocos económicos, também o há no outro bloco económico. No passado, a incerteza nas políticas económicas também disparou em eventos como os ataques de 11 de setembro de 2001, a falência do Lehman Brothers em 2008, a crise do euro em 2011, o referendo para o Brexit em junho de 2016 e a eleição de Donald Trump em novembro de 2016. A incerteza elevada tem efeitos diretos na economia, podendo travar investimentos, aumentar a volatilidade dos mercados e afetar as decisões das empresas e consumidores (Mais Liberdade, Mais Factos)