Em conjunto, AD e IL chegam aos 42,4%. Em 2022, o PS teve maioria absoluta com 41,38%. Distribuição de mandatos será decisiva. Se as eleições de 18 de maio se realizassem no próximo domingo, a AD venceria as eleições com 34,1% dos votos. O PS continuaria a ser a segunda força política mais votada com 27,1%, o Chega manteria a terceira posição, com 15,2% e a Iniciativa Liberal (IL) atingiria os 8,3%. Estes resultados da sondagem da Consulmark2 para o Nascer do SOL e a Euronews mostram que em relação à primeira quinzena de abril mantém-se o empate técnico entre as duas grandes forças políticas, já que a margem de erro é de 4,1%.
Um dos dados mais significativos da sondagem é que, dependendo da distribuição de mandatos de deputados, poderá ser possível à AD obter uma maioria absoluta em coligação com a IL: as duas forças em conjunto reúnem 42,4% dos votos. Em 2022, o PS de António Costa atingiu a maioria no Parlamento com 41,38% dos votos.
Certo é que a próxima Assembleia da República continuará a ter uma maioria de direita. Questionados sobre se Luís Montenegro deveria manter o “não é não” ou se deveria aliar-se a André Ventura para conseguir uma maioria absoluta e a resposta foi conclusiva: 66,8% responderam que a AD não deve aliar-se ao Chega. Já sobre uma possível reedição da “geringonça” por parte do PS, os eleitores continuam divididos: 42,95 dizem que a aliança de esquerda deveria ser reeditada contra 49,25 que recusam a ideia.
Os resultados da mais recente sondagem da Consulmark2 – que nas eleições legislativas de há um ano foi a que mais se aproximou dos resultados eleitorais – indicam ainda que o Livre estabilizou nos 4,3%, que o Bloco de Esquerda (BE) desceu o para os 2,7% em comparação com a primeira quinzena de abril, que a CDU aumentou ligeiramente para os mesmos 2,7% e que o PAN desce para os 1,1%.
Estes resultados resultam da distribuição aritmética de indecisos que, nesta sondagem baixaram ligeiramente de 21,4% na primeira quinzena de abril para 20,2%. Sem a distribuição de indecisos, a AD liderada por Luís Montenegro recolheu 26,7% das intenções de voto, contra 21,3% do partido de Pedro Nuno Santos. Já o Chega recolheu 12% e a Iniciativa Liberal 6,5%. Todos estes partidos sobem em relação à vaga da primeira quinzena de abril. O Livre mantém-se nos 3,3%, o Bloco cai para os 2,1%, empatando com a CDU que sobe ligeiramente. Já o PAN desce para os 0,9%.
A sondagem foi realizada entre 14 e 22 de abril, já com os debates televisivos a decorrer e no período em que foi divulgada a abertura de uma investigação preventiva a Pedro Nuno Santos. A amostra teve 569 entrevistas telefónicas: 282 homens e 287 mulheres. A margem de erro é de 4,1%.
Um total de 87% dos inquiridos disse ter intenção de votar a 18 de maio e 69,4% já decidiram em quem irão votar. Questionados sobre qual o cenário mais provável, 53% dos inquiridos disse acreditar que a AD irá vencer as eleições com uma maioria relativa, contra 19,7% que acreditam que o PS será o partido mais votado. Apenas 6,5% dizem que a aliança entre PDS e CDS conseguirá a maioria absoluta.
Montenegro é o preferido para primeiro-ministro
Luís Montenegro continua a merecer a preferência dos portugueses para ocupar o cargo de primeiro-ministro. O líder da AD aumentou mesmo a diferença para Pedro Nuno Santos em relação à primeira quinzena de abril. Segundo a sondagem da Consulmark2 para o Nascer do SOL e a Euronews, 45,3% dos inquiridos preferem que seja Montenegro a liderar o próximo governo, contra 25,5% que escolhem o líder socialista. Só 11,8% disseram preferir André Ventura.
Sobre a preocupação de cada um dos candidatos com os temas que mais preocupam os portugueses, os inquiridos acreditam que Luís Montenegro é quem dará mais atenção a temas como a justiça (39,4%), habitação (36,4%), Serviço Nacional de Saúde (40,1%), segurança – por uma esmagadora maioria de 53% –, classe média (45,7%), impostos (46%), guerra na Ucrânia (32%), os jovens (42,7%), imigração (48,2%), defesa (53,3%) e União Europeia (41,5%). Já Pedro Nuno Santos é visto como alguém que se preocupará mais com os mais desfavorecidos (41,1%), a Segurança Social (38,1%), questões ambientais (30,9%), os idosos (37,3%), as desigualdades sociais (43,1%) e os pensionistas (40,1%).