Com base no universo dos utilizadores que recorreram ao serviço de comparação de Crédito à Habitação do ComparaJá.pt no primeiro semestre de 2020 para obter propostas das diferentes instituições bancárias, o portal de comparação distinguiu os bancos mais competitivos em seis categorias. Os bancos que se destacaram pela competitividade das propostas apresentadas aos utilizadores do ComparaJá.pt nesta primeira edição do “Barómetro do Crédito Habitação” foram:
· Crédito Habitação para Aquisição: Santander
· Crédito para Construção: Eurobic
· Crédito Habitação com Taxa Fixa: Novo Banco
· Transferência de Crédito Habitação: Santander
· Processo mais rápido no Crédito Habitação: Millennium bcp
· Comissões iniciais mais baixas no Crédito Habitação: Eurobic
Na determinação da instituição distinguida nas categorias de “Crédito Habitação para Aquisição”, “Transferência de Crédito Habitação” e “Crédito para Construção”, o ComparaJá.pt considerou apenas as propostas que cumpriram os seguintes critérios: Finalidade de Aquisição de Habitação Própria e Permanente; Taxa Variável (indexada à Euribor); Montantes de financiamento iguais ou superiores a 50 mil euros; Prazo igual ou superior a 10 anos. Já no apuramento da instituição distinguida na categoria de “Crédito Habitação com Taxa Fixa” os critérios considerados foram: Finalidade de Aquisição de Habitação Própria e Permanente; Taxa Fixa com prazo igual ou superior a 20 anos, Montantes de financiamento iguais ou superiores a 50 mil euros.
Por sua vez, na determinação do banco distinguido na categoria de “Processo mais rápido no Crédito Habitação”, isto é, o processo de contratação do crédito habitação mais célere desde o momento em que o cliente pede uma proposta até ao momento em que montante solicitado fica efetivamente disponível na sua conta bancária, foram tidas em conta três dimensões: Média dos processos mais rápidos; Média do total de processos; Média dos processos mais lentos. Por último, no apuramento da instituição distinguida na categoria de “Comissões iniciais mais baixas no Crédito Habitação” o ComparaJá.pt teve em consideração o valor total do conjunto de comissões iniciais cobradas por cada instituição (comissão de estudo, comissão de avaliação, etc.). A metodologia detalhada sobre os fundamentos que levaram à atribuição das distinções poderá ser consultada aqui.
Crédito habitação “chave na mão” é o mais procurado
Cerca de 7 em cada 10 portugueses pedem crédito habitação com o fim de adquirir casas já construídas, optando pela solução “chave na mão” no que toca ao crédito imobiliário. São 72% os que optam por esta modalidade, conforme os dados dos últimos 10.000 consumidores que recorreram ao ComparaJá.pt. Por outro lado, cerca de 2 em cada 10 famílias (18% mais concretamente) preferem pedir o crédito com o intuito de construírem uma habitação de raiz. Já o resto dos casos (10%) são compostas por consumidores que já têm um crédito a decorrer e, para pouparem em juros aproveitando a descida dos spreads, optam por transferir o empréstimo para outra instituição.
Maioria só acaba de pagar o empréstimo depois de entrar na reforma
A idade de término do pagamento do empréstimo à habitação, na maioria dos casos, só acontece depois dos proponentes entrarem na idade da reforma. De acordo com os dados do ComparaJá.pt, conclui-se que 55,11% só acabam de pagar o crédito da casa depois dos 66,6 anos. Aliás, a maior percentagem está entre aqueles que acabam de pagar ao banco quando têm entre 71 e 80 anos.
Famílias dentro das recomendações na taxa de esforço do crédito habitação
De acordo com as indicações do Banco de Portugal, a taxa de esforço no crédito habitação nunca deve ultrapassar os 50%. É algo que, segundo o ComparaJá.pt, as famílias cumprem uma vez que a taxa de esforço média dos últimos 10 mil consumidores que recorreram aos seus serviços se fica nos 22%. Aliás, só 7 em cada 100 agregados apresentam uma taxa de esforço superior a 41%, sendo que a vasta maioria tem uma taxa de esforço até 30%. Por taxa de esforço, entende-se o rácio entre as obrigações de crédito que o agregado tem e os rendimentos que aufere. Idealmente, a taxa de esforço deverá ser igual ou inferior a cerca de ⅓ dos rendimentos de cada família de forma a que, face a alterações nas condições socio-económicas, como poderá ser o desemprego ou doença prolongada, não haja lugar a eventuais incumprimentos.
Quase metade dos consumidores querem o máximo de financiamento
No que respeita ao rácio garantia/financiamento dos pedidos de financiamento é possível perceber que a maioria das famílias quer um loan-to-value (LTV) de 90%, a percentagem máxima atualmente praticada no mercado. Apenas 1 em cada 3 consumidores pretende um LTV inferior a 80%.
Média dos contratos fixa-se nos 33 anos
Já no que diz respeito aos prazos dos pedidos de crédito habitação, a maioria das famílias está a solicitar empréstimos a mais de 30 anos. Aqui seguem as indicações do Banco de Portugal que, nas suas medidas macroprudenciais, estabelecem um limite de 40 anos no crédito habitação, prazo esse que pretendem baixar para 30 anos em 2022.
A maturidade média dos empréstimos solicitados pelos utilizadores do ComparaJá.pt está nos 33 anos, abaixo dos 40 anos recomendados pelo regulador, mas ainda acima do valor que este quer ver para os novos créditos a partir de 2022. De ressalvar, contudo, que o ecossistema de crédito habitação ainda inclui uma grande parte dos créditos com prazos entre os 36 e 40 anos (são 43%).
Rendimento médio dos proponentes superior à média nacional
De acordo com os números da PORDATA para 2018, o salário médio de um português por conta de outrem ficou-se pelos 970,4 euros. Números esses que são inferiores ao rendimento médio dos proponentes de crédito habitação que recorreram ao ComparaJá.pt, que ascende aos 1.264 euros. No entanto, é de realçar que uma grande parte dos pedidos de crédito habitação (40,2%) continuam a ser de consumidores cujo rendimento vai até aos 1.000 euros por mês (Executive Digest)
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