sexta-feira, abril 24, 2015

Fraude piramidal portuguesa faz milhares de vítimas em França

Escreve o Económico: "Get Easy, com presença física em Lisboa, Macau e Mónaco, prometia rendibilidades de até 300%. Portugueses também foram lesados. Depois da Wings Network, outra empresa portuguesa está envolvida num alegado esquema de fraude piramidal, que fez vítimas em Portugal e em França. A Get Easy está a ser notícia esta semana em França, país no qual há milhares de envolvidos e cujos tribunais estão a receber várias acções contra a empresa e os seus responsáveis.
Segundo o jornal Le Figaro, foi aberto um processo de averiguações no Mónaco e estão em preparação inúmeras acções colectivas em Saint-Tropez, Nice e noutras localidades. Ainda de acordo com a mesma fonte, os lesados a nível mundial andarão perto de 300 mil, com dezenas de milhares em França. A Get Easy - cujos sites continuam em funcionamento - assentava formalmente num aluguer operacional de equipamentos, como localizadores automóveis, e em serviços de escuta de música. Na verdade, segundo várias das queixas, as receitas da empresa vinham exclusivamente da entrada de novos clientes. Como em qualquer esquema piramidal, quem já lá está tem um sistema de incentivos multiplataformas para trazer mais investidores. O problema é quando deixa de entrar gente; nesse momento, deixa de haver dinheiro para pagar a quem ainda não retirou o dinheiro.
Esta empresa Get Easy foi alvo, em Dezembro, de um alerta do Banco de Portugal, que explicitou que "as sociedades GET EASY LIMITED ou TORNAR FÁCIL LIMITADA (com sede em Macau), GETEASY, LDA. e  ABSOLUT LEAGUE, LDA. (ambas com sede em Portugal), atuando em seu próprio nome ou em nome de entidades terceiras, não se encontram habilitadas para exercer, em Portugal, a atividade de receção de depósitos ou de outros fundos reembolsáveis (ou qualquer outra atividade financeira sujeita à supervisão do Banco de Portugal)". Em Fevereiro, o mesmo foi feito pela Autorité des Marchés Financiers (AMF), regulador francês" (leia aqui a notícia em francês no Le Figaro)