sábado, janeiro 31, 2015

Coligação: Vitor Freitas falou verdade sobre o afastamento do Bloco de Esquerda?

O líder do PS não falou verdade a propósito da exclusão do Bloco de Esquerda da coligação pelo Funchal. Segundo uma fonte ligada a todo o processo, e que me contactou, o Bloco de Esquerda terá sido afastado da coligação, não por causa do CINM como Vitor Freitas espalhou na comunicação social, nem sequer por causa de divergências relação a cerca de duas dezenas de itens que Roberto Almada apresentou aos socialistas.
As causas da saída do Bloco de Esquerda, segundo a minha fonte, relacionaram-se apenas com o processo de distribuição dos lugares na lista - "as negociações em torno da coligação tiveram a ver apenas com a distribuição de lugares, nada mais" - tendo o Bloco de Esquerda, depois de aceitar ser posicionado após os representantes do PTP, PAN e MPT, considerado que o 11º lugar que Vítor Freitas lhe ofereceu (e que garante a eleição de um deputado!) não tinha a dignidade que o Bloco entendia que lhe devia, até pelo papel fundamental que desempenha no quadro da coligação "Mudança" no Funchal.
A minha fonte, que não me revelou a posição de Roberto Almada neste processo - limitou-se a dizer que foi "tranquila mas dura" - admite que os dirigentes nacionais do Bloco em Lisboa estranharam que o PS de Vítor por um lado insistisse na adesão do Bloco à coligação, e depois tivesse para com o partido que lidera a Assembleia Municipal e que desempenhou um papel fundamental, durante a crise (PND e PTP) que chegou a ameaçar a continuidade da coligação.
Esse terá sido o motivo da desistência do Bloco do projecto liderado pelo PS. Acresce, segundo a minha fonte, que "mesmo sobre o CINM, Roberto Almada manteve uma posição bastante mais tolerante, menos radical que alguns sectores do partido a nível nacional pelo que é falsa a insinuação de Freitas de que foi o CINM a divergir os dois partidos".
Pelos vistos estamos apenas a falar da falta de consideração do PS para com o Bloco o que explica a informação que me foi dada também, de outra fonte, segundo a qual os membros (socialistas) da coligação na CMF estariam preocupados com o impacto negativo do afastamento que o Bloco da coligação para as eleições regionais no futuro relacionamento partidário na edilidade da capital