Escreve o Jornal I que "manifestações rivais em Sevastopol acabam em confrontos, com os activistas pró-Rússia a espancarem os seus oponentes. O Russia Today, canal televisivo russo que emite em inglês, noticiou que um grupo de 300 mercenários da empresa de segurança privada norte-americana Academi (antiga Blackwater) chegaram nos últimos dias a Donetsk, cidade no Leste da Ucrânia cuja população é, na sua maioria, russófona. A página na internet do diário refere e exibe filmagens de alguns segundos divulgadas no YouTube em que "homens armados e sem insígnias de nenhum país mas vestidos com o uniforme característico norte-americano" surgem nas ruas de Donetsk. O site cita ainda funcionários do Kremlin que terão acusado as novas autoridades de Kiev de contrarem os mercenários da empresa a quem o departamento de Defesa dos EUA recorreu por diversas vezes para conduzir operações de combate em países como o Iraque e o Afeganistão. Enquanto Moscovo acusa Kiev de recorrer a mercenários para lidar com as manifestações pró--Rússia que têm ocorrido nas regiões do Sul e Leste da Ucrânia, ontem, um grupo de homens armados, e supostamente pertencentes às tropas russas, dispararam contra um carro de activistas da Maidan (praça da Independência de Kiev) em Simferopol, a capital regional da Crimeia. A notícia foi avançada pela agência Unian, que informou que os activistas terão questionado os ocupantes de um posto de recrutamento militar sobre "o que estavam a fazer", ao que os indivíduos armados responderam dando-lhes cinco minutos para que se afastassem - se o não fizessem seriam detidos. Mas ao darem-se conta de que estavam a ser filmados, os "homenzinhos de verde" (como se referem jocosamente na região Ocidental da Ucrânia aos militares russo-falantes sem insígnias que invadiram a península do Mar Negro) abriram fogo contra o veículo. Em Sevastopol, outra cidade na mesma região, dezenas de milhares de pessoas juntaram--se nas ruas para participar em manifestações rivais que deram lugar a confrontos, com os pró--russos a espancarem vários activistas pró-Ucrânia".
