segunda-feira, março 10, 2014

Eleições: notáveis do PSD atacam lista europeia da coligação

Escreve o jornalista do Jornal I Luis Claro que "no arranque da campanha para as eleições europeias, a lista da coligação PSD/CDS e a estratégia eleitoral são alvo de críticas internas. O histórico social-democrata Ângelo Correia classifica a lista ao Parlamento Europeu como "fraca". O ex-dirigente social-democrata disse, na TVI 24, que não gosta da lista, porque é "fraca e não sai da mediania". Ao i, Ângelo Correia diz que as escolhas são "fracas", mas não quer dizer "mais nada". A lista do PSD/CDS é liderada novamente por Paulo Rangel. Seguem-se os nomes de Fernando Ruas, que liderou a associação de municípios, Sofia Ribeiro, independente indicada pelo PSD/Açores, Carlos Coelho, eurodeputado, Cláudia Aguiar, do PSD/Madeira e José Manuel Fernandes, que está actualmente no Parlamento Europeu. Os nomes escolhidos pelo PSD também não entusiasmaram Marcelo Rebelo de Sousa. No comentário na TVI, o ex-líder do PSD defendeu que esta "é uma lista do aparelho". Marcelo comparou esta com anteriores listas do partido e recordou que em 2004 o número dois era António Capucho e o número três Carlos Pimenta. "Compare estes nomes com os ilustres desconhecidos em termos nacionais. Esta é uma lista que representa uma opção pobre relativamente há dez ou há 20 anos. Significa um fechamento". Já o ex-líder do PSD Marques Mendes preferiu lamentar a forma como a coligação arrancou a campanha. "Parece que a maioria anda desorientada. Esperava que estivesse neste momento a dizer: vamos discutir as questões da Europa. Se se deixam levar pelas questões nacionais vai correr tudo mal", alertou, no sábado à noite, na SIC o ex-presidente dos sociais-democratas, referindo-se à opção da maioria de centrar o debate, no arranque da campanha, nos assuntos nacionais. Mendes alerta que "estrategicamente as coisas não começaram bem" e que a equipa liderada por Paulo Rangel deve "corrigir o tiro" e trazer para a campanha questões como a união bancária. Passos Coelho deverá ter um papel activo na campanha eleitoral, de acordo com o Expresso, e terá várias intervenções sobre a Europa até dia 25 de Maio. Paulo Rangel admite que a participação na campanha de Passos e Portas poderá ter consequências, mas está convicto de que os dois lideres são "identificados com a resistência numa situação dificilíssima para Portugal". Numa entrevista ao semanário Expresso, Paulo Rangel defende que as eleições "são difíceis para a coligação", mas "há possibilidades de as ganhar".