Segundo a jornalista do Público, ROSA SOARES, "o número de
desempregados inscritos nos centros de emprego registou em Janeiro uma variação
mensal negativa, ao aumentar em 2,1% face a Dezembro. Em termos homólogos, face
ao mesmo mês de 2013, verificou-se uma melhoria nos resultados, com uma queda
de 4,7%. Os dados divulgados pelo Instituto de Emprego de Formação Profissional
(IEFP) revelam que, em Janeiro, mais 15 mil pessoas se inscreveram nos centros
de emprego do continente e das regiões autónomas face ao mês anterior. Os novos
desempregados alegaram como motivo principal da inscrição o "fim de
trabalho não permanente", num total de 37,4%, seguindo-se o despedimento
(13,1%). A registar uma evolução positiva estiveram também as ofertas de emprego,
que em Janeiro totalizavam 17.098, o que significou uma subida de 58,3% face ao
mesmo mês do ano passado. Os maiores aumentos verificaram-se nas actividades
imobiliárias, administrativas e serviços de apoio (26,2%), no comércio por
grosso e retalho (10,9%) e no alojamento, restauração e similares (10%). Também
a colocação de desempregados aumentou em Janeiro, ao serem atribuídos novos
empregos a 9415 pessoas, mais 82,3% em
termos homólogos e mais 57,9% que em
Dezembro último. Em termos homólogos, os dados agora divulgados revelam uma
diminuição do número de desempregados inscritos nos centros de emprego em todas
as regiões do continente (menos 4,7%), e
na Madeira a (menos 6,7%), mas um aumento nos Açores (2,1%). Os números de
Janeiro revelam ainda uma subida de 0,4% nas inscrições de jovens, face a igual
período do ano passado, e uma diminuição de 5,7% nos adultos, verificando-se ainda uma diminuição de 3,3%
nos homens desempregados e de 6,1% nas mulheres.
Na comparação com Janeiro de 2013, verificou-se uma diminuição na
indústria e nos serviços (13,2% e 4,4%, respectivamente), mas um aumento no
sector primário, de 2,8%. Evolução positiva ainda no sector automóvel e
componentes, nos têxteis e na indústria do vestuário. Ainda em termos
homólogos, registou-se um aumento de 21,2% nas pessoas à procura do primeiro
emprego e uma diminuição de 7% nos que procuravam novo emprego. Por sectores, a
maior fatia dos desempregados que já trabalharam estava ligado aos serviços
(63,9%), seguindo-se a indústria (31,7%), com destaque para a construção, e por
último o sector agrícola (3,5%)".