"A frágil economia dos Açores está a colapsar. E ninguém tem dúvidas disto!
O sector da construção civil e de obras públicas estava há anos sobredimensionado artificialmente, fruto de algumas obras perfeitamente extraordinárias. Apesar da tentativa desesperada do seu redimensionamento não resiste e está em tremendas dificuldades, com muitas empresas já insolventes ou pré-insolventes.
O turismo, sendo um sector potencial, encontra-se altamente deprimido. As dormidas no 1º. trimestre caíram mais quase 14%. Os preços mantêm-se muito baixos, fruto do desequilíbrio entre a oferta e a procura de alojamento, para além de uma tentativa de compensar algumas ineficiências do produto turístico.
O número de visitantes é ainda muito baixo para a oferta instalada. Os últimos cancelamentos de operadores turísticos internacionais são deveras preocupante para este sector.
O comércio, dito tradicional, debate-se com um quebra brutal na procura, fruto da redução do rendimento disponível das famílias. E as falências começam a estar no horizonte.
A agro-pecuária é a única actividade que vai sobrevivendo a esta profunda crise, especialmente porque o seu produto principal, o leite, tem sempre comprador (por enquanto!), apesar do preço não ser actualizado.
Tudo isto revela a enorme fragilidade da economia destas ilhas dos Açores.
Temos vivido de transferências do exterior: do orçamento de Estado, via lei de finanças regionais, e do orçamento da UE. E não conseguimos criar riqueza e fortalecer a economia regional. Agora encontramo-nos totalmente dependentes do exterior.
Qualquer que seja o partido que ganhe as próximas eleições vai ter uma tarefa hercúlea para reanimar a economia. E ainda por cima o governo que emanar do partido vencedor terá de enfrentar, logo de seguida, a renegociação da lei de finanças regionais, num contexto económico altamente depressivo.
As promessas feitas durante esta longa e penosa pré-campanha, na sua maioria, não vão ser cumpridas. Porque não vai haver condições financeiras para tal. Vamos todos receber um calote do partido ganhador e que formar governo para os próximos quatro anos. Os eleitores têm de estar atentos e duvidar do partido que fizer mais promessas e sobretudo do conteúdo e da pertinência destas promessas. Do calote não nos vamos livrar, seguramente. Pode é ser de maior ou de menor valor" (texto de Luís Anselmo publicado no Correio dos Açores, com a devida vénia)
O sector da construção civil e de obras públicas estava há anos sobredimensionado artificialmente, fruto de algumas obras perfeitamente extraordinárias. Apesar da tentativa desesperada do seu redimensionamento não resiste e está em tremendas dificuldades, com muitas empresas já insolventes ou pré-insolventes.
O turismo, sendo um sector potencial, encontra-se altamente deprimido. As dormidas no 1º. trimestre caíram mais quase 14%. Os preços mantêm-se muito baixos, fruto do desequilíbrio entre a oferta e a procura de alojamento, para além de uma tentativa de compensar algumas ineficiências do produto turístico.
O número de visitantes é ainda muito baixo para a oferta instalada. Os últimos cancelamentos de operadores turísticos internacionais são deveras preocupante para este sector.
O comércio, dito tradicional, debate-se com um quebra brutal na procura, fruto da redução do rendimento disponível das famílias. E as falências começam a estar no horizonte.
A agro-pecuária é a única actividade que vai sobrevivendo a esta profunda crise, especialmente porque o seu produto principal, o leite, tem sempre comprador (por enquanto!), apesar do preço não ser actualizado.
Tudo isto revela a enorme fragilidade da economia destas ilhas dos Açores.
Temos vivido de transferências do exterior: do orçamento de Estado, via lei de finanças regionais, e do orçamento da UE. E não conseguimos criar riqueza e fortalecer a economia regional. Agora encontramo-nos totalmente dependentes do exterior.
Qualquer que seja o partido que ganhe as próximas eleições vai ter uma tarefa hercúlea para reanimar a economia. E ainda por cima o governo que emanar do partido vencedor terá de enfrentar, logo de seguida, a renegociação da lei de finanças regionais, num contexto económico altamente depressivo.
As promessas feitas durante esta longa e penosa pré-campanha, na sua maioria, não vão ser cumpridas. Porque não vai haver condições financeiras para tal. Vamos todos receber um calote do partido ganhador e que formar governo para os próximos quatro anos. Os eleitores têm de estar atentos e duvidar do partido que fizer mais promessas e sobretudo do conteúdo e da pertinência destas promessas. Do calote não nos vamos livrar, seguramente. Pode é ser de maior ou de menor valor" (texto de Luís Anselmo publicado no Correio dos Açores, com a devida vénia)
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