Nomeações: o batalhão de Passos
Segundo a revista Visão, num texto dos jornalistas Francisco Galope e Sónia Sapage, "em 40 semanas, foram mobilizadas perto de 450 pessoas para colaborar em, pelo menos, 52 grupos de trabalho criados pelo Governo. A maioria são dirigentes do Estado e não recebem nada por isso. Mas as equipas também têm ministros, ex-governantes e ministeriáveis. É um verdadeiro exército que funciona como uma administração paralela. É difícil quantificá-los. Os diplomas estão dispersos. E, em muitos casos, os grupos técnicos, grupos de trabalho, estruturas de missão, comissões de acompanhamento disto, equipas de peritos daquilo são criadas e anunciadas muito antes de os respetivos despachos saírem em Diário da República. A divulgação dos atos administrativos no jornal oficial do Estado anda, como se sabe, sempre atrasada e as coisas já estão muitas vezes a acontecer antes de se encontrarem legalmente formalizadas. Vários dias a vasculhar no arquivos eletrónico do Diário da República - a versão em papel está, hoje, praticamente ultrapassada - e nos jornais dos últimos nove meses levou-nos à conclusão de que, desde a sua tomada de posse, a 21 de julho do ano passado, o executivo liderado por Pedro Passos Coelho nomeou, pelo menos, 52 desses grupos de trabalho cuja missão é ajudar o Governo. A um ritmo de 1,3 por semana, os vários ministros rodearam-se de um autêntico exército de tecnocratas, tendo mobilizado aproximadamente 450 pessoas".
Sem comentários:
Enviar um comentário