Li no Diário dos Açores um texto da jornalista Silvia Aguiar segundo a qual "o Conselho de Redacção da RTP-Açores, afirma, em comunicado de imprensa, que o "bom nome" daquela estação televisiva tem sido posto em causa por dois políticos, o deputado do CDS-PP Açores, Artur Lima, e o Secretário Regional dos Equipamentos, José Contente. Em causa, está o facto de Artur Lima ter "caluniado", no passado dia 11 de Maio, quando o parlamento discutia duas propostas de resolução do PPM e do PSD sobre a situação na RTP-Açores, "de forma desabrida e vergonhosa os profissionais da RTP-Açores, sugerindo que não eram isentos e que estavam ao serviço de alguns partidos", conforme por ler-se no documento. Além disso, "disse ainda que para alguns jornalistas da RTP-Açores a coesão acaba no umbigo deles ‘porque têm o seu ordenadinho ao fim do mês e estão–se borrifando para a coesão das outras ilhas e para a pluralidade democrática’." Artur Lima acusava os profissionais da RTP-Açores "de cobrirem os trabalhos parlamentares de falta de isenção (apontando na direcção da cabine da RTP), dando como exemplo o facto de não terem dado voz a uma intervenção de um deputado do CDS-PP." Referia-se a uma intervenção do deputado Luís Silveira sobre as lhas da Coesão, afirmando que fora a única a não ter tratamento noticioso por parte da RTP-Açores. "Para além de não ser verdade", defende o Conselho de Redacção daquele canal televisivo, "o tema da coesão tinha sido alvo de um conjunto de perguntas ao governo três semanas antes, na sessão de Abril, por iniciativa do PPM, onde todos os partidos, incluindo o CDS-PP, intervieram", repudiando, assim, "a forma despudorada e injustifiçada como o Sr. Artur Lima pretende atingir o bom nome dos profissionais da RTP-Açores. Se tem razões de queixa deve dirigir as suas baterias para outro lado."
O caso do Secretário Regional dos Equipamentos, José Contente, reporta-se também ao dia 11 de Maio, quando "procurou condicionar e acabou mesmo por interferir abusivamente no trabalho da equipa de reportagem da RTP-Açores, que cobria noticiosamente os estragos causados pelo mau tempo na zona da Bretanha, ilha de São Miguel, tentando persuadir a equipa de reportagem a não enviar para Lisboa um bloco de imagens em ‘bruto’ que incluíam um depoimento da presidente da Câmara Municipal de Ponta Delgada e procurando impor a sua presença em directo no Telejornal da RTP-Açores, depois de gorada uma intervenção no Telejornal da RTP-1, a qual não se chegou a realizar por Lisboa se ter desinteressado desse directo."
A direcção da RTP-Açores já tinha decidido que o directo para o telejornal da RTP-Açores se faria apenas com uma breve intervenção da jornalista no local, sem entrevistados, uma vez que já possuía o depoimento do Presidente do Serviço Regional de Protecção Civil, "mas o Secretário Regional dos Equipamentos insistiu nos seus propósitos, chegando mesmo a sugerir à equipa que estava no local que não respeitasse as directivas das suas chefias e que o entrevistassem em directo." A insistência acentuou-se quando "o sr. José Contente teve conhecimento que a redacção da RTP em Lisboa utilizara imagens do mau tempo na Bretanha e uma curta declaração da presidente da Câmara Municipal de Ponta Delgada. Colou-se então à equipa que se encontrava a recolher imagens e a preparar o directo, dificultando o seu trabalho", descrimina o comunicado. "Depois, em pleno directo, interrompeu de forma abrupta a intervenção da jornalista Ana Filipa Ferreira, agarrando-a pelo braço que segurava o microfone e falando de forma intempestiva para o mesmo sem sequer aparecer na imagem, facto que ele afirmou não ser relevante pois as pessoas conheciam a sua voz." O Conselho de Redacção da RTP-Açores considera "este comportamento, indigno de um político com as suas responsabilidades, também vexatório para os profissionais da RTP-Açores, pois os telespectadores desconheciam o que se passara antes", finalizando que os profissionais daquela estação televisiva "não se deixam influenciar nem se intimidam com qualquer tipo de ameaça mais ou menos velada".
O caso do Secretário Regional dos Equipamentos, José Contente, reporta-se também ao dia 11 de Maio, quando "procurou condicionar e acabou mesmo por interferir abusivamente no trabalho da equipa de reportagem da RTP-Açores, que cobria noticiosamente os estragos causados pelo mau tempo na zona da Bretanha, ilha de São Miguel, tentando persuadir a equipa de reportagem a não enviar para Lisboa um bloco de imagens em ‘bruto’ que incluíam um depoimento da presidente da Câmara Municipal de Ponta Delgada e procurando impor a sua presença em directo no Telejornal da RTP-Açores, depois de gorada uma intervenção no Telejornal da RTP-1, a qual não se chegou a realizar por Lisboa se ter desinteressado desse directo."
A direcção da RTP-Açores já tinha decidido que o directo para o telejornal da RTP-Açores se faria apenas com uma breve intervenção da jornalista no local, sem entrevistados, uma vez que já possuía o depoimento do Presidente do Serviço Regional de Protecção Civil, "mas o Secretário Regional dos Equipamentos insistiu nos seus propósitos, chegando mesmo a sugerir à equipa que estava no local que não respeitasse as directivas das suas chefias e que o entrevistassem em directo." A insistência acentuou-se quando "o sr. José Contente teve conhecimento que a redacção da RTP em Lisboa utilizara imagens do mau tempo na Bretanha e uma curta declaração da presidente da Câmara Municipal de Ponta Delgada. Colou-se então à equipa que se encontrava a recolher imagens e a preparar o directo, dificultando o seu trabalho", descrimina o comunicado. "Depois, em pleno directo, interrompeu de forma abrupta a intervenção da jornalista Ana Filipa Ferreira, agarrando-a pelo braço que segurava o microfone e falando de forma intempestiva para o mesmo sem sequer aparecer na imagem, facto que ele afirmou não ser relevante pois as pessoas conheciam a sua voz." O Conselho de Redacção da RTP-Açores considera "este comportamento, indigno de um político com as suas responsabilidades, também vexatório para os profissionais da RTP-Açores, pois os telespectadores desconheciam o que se passara antes", finalizando que os profissionais daquela estação televisiva "não se deixam influenciar nem se intimidam com qualquer tipo de ameaça mais ou menos velada".
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