domingo, julho 10, 2011

Jornalismo: Al-Jazeera denuncia ameaças contra os seus jornalistas

Segundo o Correio da Manhã, “a cadeia de televisão árabe Al-Jazira, com sede no Qatar, denunciou este domingo que os seus jornalistas estão a ser ameaçados, falando numa campanha de intimidação. Segundo um comunicado da televisão, publicado neste domingo, essas ameaças estão relacionadas com a cobertura das revoltas árabes. "Alguns apresentadores e apresentadoras da Al-Jazeera estão a ser alvo de uma campanha de ameaças, que afecta a sua vida privada (...) e em alguns casos põe em perigo a sua integridade física e a das suas famílias", concretiza a estação. A campanha destina-se a impedir a cobertura de "revoluções e protestos em vários países árabes", interpreta a Al-Jazeera, que diz ter identificado a origem das ameaças e tencionar levá-las a tribunal. Fontes dos serviços técnicos da Al-Jazeera referem que as ameaças provêm sobretudo da Síria. "Desde há três semanas que me bombardeiam com correio electrónico contendo insultos e ameaças", contou a apresentadora tunisina Leila Chaieb. Ghada Aouiss, apresentadora libanesa, confirmou ter recebido mensagens do mesmo género, falando em "ameaças quase diárias". A direcção da Al-Jazeera já fez duas reuniões para tranquilizar os trabalhadores. A estação tem sido hostilizada pelos regimes do Magrebe e do Médio Oriente que enfrentam revoltas populares exigindo reformas democráticas, levando, nalguns casos, ao fecho dos seus escritórios e à expulsão dos seus jornalistas. Durante a cobertura das manifestações egípcias que conduziram ao derrube do regime de Hosni Mubarak a televisão foi mesmo retirada da rede de satélite e na Líbia várias equipas foram detidas pelas forças leais a Muammar Kadhafi. Criada em 1996, a Al-Jazira revolucionou a paisagem audiovisual árabe, que nunca antes tinha informado com tanta liberdade".

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