Diz o DN do Funchal de hoje que "um PS coeso, uma autonomia responsável". Assim se chama a moção sectorial que os apoiantes socialistas de José Sócrates na Região levam ao Congresso nacional do partido, em Abril. No documento, que tem como primeiro subscritor Bernardo Trindade, os insulares fazem uma resenha de como é que a especificidade autonómica regional tem sido tratada nas sucessivas reuniões magnas socialistas. "Uma parte substancial das propostas feitas ao longo dos anos pelos socialistas madeirenses mantém-se actual e a merecer reflexão atenta", reconhecem, deixando um apelo a que se procure "o eficaz e adequado relacionamento entre os órgãos dirigentes do partido e os órgãos dirigentes regionais e a sua estrutura, tendo em vista a coordenação de acções em que tal seja considerado útil". O documento sugere "a audição do PS-M sobre todas as questões que digam respeito à Região" bem como o apoio das orientações definidas pelos órgãos regionais". Os signatários apelam ainda à solidariedade do partido em ano eleitoral. "A alguns meses, apenas, das eleições regionais na Madeira, quando importa pôr termo a um regime que já conta com mais de trinta anos, com manifesto desrespeito pelas regras de participação democrática e quando os cidadãos querem políticas mais próximas, é fundamental passar da mera afirmação de princípios a uma prática coerente, corrente e duradoura", alertam num documento que procura que as estruturas se comprometam. E prosseguem: "É responsabilidade das direcções do PS (a nacional e a regional) criar mecanismos e identificar os responsáveis que, em permanência, façam tornar realidade esta exigência de solidariedade, cooperação, cumplicidade e compromisso, de forma visível para os cidadãos que anseiam por uma acção política mais próxima". Os delegados ao Congresso na lista de José Sócrates dizem ainda que o "XVII Congresso Nacional do PS deve constituir o momento privilegiado para, encarando com entusiasmo o futuro do partido, também na Madeira e no Porto Santo, criar condições de sucesso, de garantia de alternância democrática". Bernardo Trindade, que faz assim um esforço para unir lideranças desavindas, garantiu ao DIÁRIO que a moção "já tem o apoio" do actual secretário-geral e deixa um recado ao líder do PS-M: "Espero que possa ter também o apoio de Jacinto Serrão". O líder do PS-M é candidato à liderança nacional".
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