Segundo o Publico, num texto assinado pelo jornalista Nuno Sá Lourenço, "o fundador e presidente da agência de comunicação Cunha Vaz & Associados, António Cunha Vaz, reagiu hoje violentamente quando confrontado com as declarações de Manuel Maria Carrilho no julgamento por difamação que opõe ambos, onde o último admitiu influência do primeiro na derrota à Câmara de Lisboa.“O doutor Carrilho é mentiroso e não presta”, afirmou Cunha Vaz à saída da primeira sessão do julgamento. O gestor afirmou ainda ter sido penalizado no seus negócios de assessoria por ter participado na equipa que colaborou com Carmona Rodrigues para a sua eleição em 2005. “Por ter ganho ao doutor Carrilho tiraram-me todas as contas de representação de empresas públicas”, afirmou para exemplificar o “nível”de Carrilho e dos que o rodeavam. E garantiu que depois dessas eleições não voltou a trabalhar na área de assessoria política para evitar esse tipo de represálias. Carrilho não quis falar aos jornalistas no final da sessão. O julgamento do ex-ministro e antigo candidato à câmara de Lisboa teve hoje o seu primeiro dia. Carrilho foi o único ouvido num processo em que o político é acusado de difamação. Em causa está a caracterização da agência de comunicação de Cunha Vaz e o próprio, como “mercenários” cuja prática profissional permitia - segundo Carrilho – a “compra de opinião”. O arguido afirmou, por mais de uma vez na sala de audiências, que recorrera a essas expressões no sentido “metafórico”, citando mesmo textos de jornalistas sobre o trabalho e as movimentações de Cunha Vaz. E lembrou o processo semelhante, que perdera para o sociólogo António Barreto, cujo acórdão concedia “uma lata liberdade de expressão no contexto de opinião”. Carrilho foi processado pelas acusações provenientes no livro “Sob o Signo da Verdade”. No conjunto estão em causa nove crimes: cinco por difamação e quatro por ofensa a pessoa colectiva".
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