Hoje ficamos a saber pela agência Lusa que "o presidente da Câmara do Porto Santo, três vereadores e dois administradores da empresa Porto Santo Verde foram hoje constituídos arguidos no inquérito sobre a queda de uma palmeira que causou dois mortos, confirmou à Lusa fonte do Ministério Público. "Confirmo que estas pessoas foram constituídas arguidas", disse o procurador Gonçalves Pereira, em resposta a uma questão colocada pela agência Lusa. Este magistrado do Ministério Público na Madeira esteve esta tarde no Porto Santo a proceder a interrogatórios daquelas seis pessoas, que acabaram constituídas arguidas. Em declarações anteriores à Lusa, Gonçalves Pereira explicou que estas diligências acontecem na sequência da queixa formalizada pelos familiares das duas vítimas mortais daquele acidente ocorrido durante o comício do PSD-Madeira, a 22 de agosto de 2010. Adiantou que a queixa foi apresentada contra o presidente da Câmara Municipal do Porto Santo, Roberto Silva, três vereadores da autarquia e dois administradores da empresa Porto Santo Verde. "Algumas destas pessoas já tinham sido ouvidas como testemunhas, mas devido à queixa formalizada passam à condição de arguidos", acrescentou. Gonçalves Pereira referiu que "ainda não há qualquer acusação, porque o inquérito está a decorrer", e que subjacente a esta queixa estará a prática de um crime de homicídio por negligência. Naquele domingo de agosto do ano passado, durante o comício verão do PSD, no centro da cidade do Porto Santo e enquanto discursava o presidente do município, Roberto Silva, uma palmeira de grande porte tombou sobre algumas pessoas presentes naquele largo, provocando a morte de uma madeirense de 61 anos e dois feridos graves (mãe e filho), com 44 e 24 anos, respetivamente, residentes em Portugal continental que haviam chegado na véspera à ilha para passar uma semana de férias. Depois de um longo internamento, a mãe acabou por recuperar e regressar ao Continente, mas o filho veio a falecer devido à gravidade dos ferimentos. A referida palmeira apresentava uma inclinação acentuada e depois de cair veio a constatar-se que as raízes estavam completamente podres, mas o autarca do Porto Santo, Roberto Silva, declarou na altura que os técnicos".
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