Li no Açoriano Oriental, num texto do jornalista Pedro Nunes Lagarto, que "o presidente da Comissão Diocesana Justiça e Paz, monsenhor Weber Machado Pereira, defende que também nos Açores as famílias, empresas e sector público gastam para além das suas possibilidades, contribuindo por essa via para a crise que atinge todo o território nacional. Segundo Weber Machado, os açorianos, “aliciados pelo dinheiro fácil, não se questionando sobre o custo da factura e, quantas vezes, acerca de como pagá-la, e na presunção de que o eldorado das facilidades não teria fim, não souberam resistir a gastos supérfluos e à construção de obras megalómanas”, deixando-se por isso “arrastar para este mundo de constrangimentos em que estamos mergulhados, muito embora, até há bem pouco tempo, alguns tentassem fazer-nos acreditar que a crise não nos atingiria tão severamente como, na realidade, está a acontecer”. Weber Machado considera que a dívida contraída directamente pelos Açores foi até apresentada como modelo a exportar, como se o endividamento do País não fosse também o da Região e não tivesse consequências sérias e directas na vida dos açorianos. “Sendo fácil branquear situações e escamotear compromissos, são todavia inegáveis as graves responsabilidades da Região nas dificuldades financeiras que afectam o normal funcionamento da actividade económica, das instituições oficiais e das empresas participadas ou de capitais públicos”, enfatiza".
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