segunda-feira, novembro 23, 2009

Portugal: agravamento de 138% no défice!

Li aqui, num texto do jornalista pedro Gonçalves, que "o défice do Estado regista, entre Janeiro e Outubro, um ritmo de 38 milhões de euros por dia em 2009, tendo disparado 138 por cento face ao período homólogo em 2008. O défice do Estado entre Janeiro e Outubro mais do que duplicou face ao mesmo período do ano passado, tendo disparado 138%. O buraco nas contas públicas ascende agora aos 11,6 mil milhões de euros, uma derrapagem superior a 6,7 mil milhões de euros face a 2008. Isso significa que o défice em Portugal cresceu a um ritmo cerca de 38 milhões de euros por dia. As receitas fiscais são a principal responsável por esta subida de endividamento, segundo dados ontem divulgados pela Direcção-Geral do Orçamento (DGO), que deverão surpreender até o próprio Governo. O ministro das Finanças disse quinta-feira que estimava uma quebra nas receitas fiscais de 13,2%. Olhando para números da DGO, essa descida é de 14,8%. Apenas um imposto consegue um valor acima do cobrado em 2008. Só o IRC que resulta dos lucros das empresas está na base de uma diminuição de 1,56 mil milhões na cobrança deste imposto. O IVA apresenta uma quebra de 21,4%, o que denota uma travagem no consumo nacional de 2,37 mil milhões de euros. Tudo somado, o Estado perdeu em receitas fiscais 4,2 mil milhões de euros face a 2008. Isto perfaz 85% do aumento da capacidade de endividamento que o Governo vai pedir ao Parlamento: 4,9 mil milhões de euros. O Ministério de Teixeira dos Santos adianta contudo que, “descontados os efeitos das medidas de política adoptadas pelo Governo no âmbito do combate à crise económica, constata-se que a receita fiscal registaria até Outubro um decréscimo de 11,2% face ao período homólogo de 2008”. Do plano anticrise ainda não se gastou metade do dinheiro disponível: são 536,7 milhões de euros aplicados no Programa Iniciativa para o Investimento e Emprego, ou seja, 46 por cento do valor inscrito no orçamento suplementar. Destes, apenas 144,4 milhões foram para o apoio ao emprego e para o reforço da protecção social".

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