Com este título noticia o Expresso pelo jornalista A Coutinho, que "a operar muitas vezes no ‘fio da navalha’, com orçamentos reduzidos e na dependência de financiamentos externos, as companhias de baixo custo foram as primeiras a sentir o impacto da crise económica e financeira no sector da aviação. Em 2008, mais de dois terços das 54 companhias aéreas que foram à falência eram lowcost. Na última assembleia geral da IATA (Associação Internacional do Transporte Aéreo), o seu director-geral, Giovanni Bisignani, reviu em alta os prejuízos sofridos pela indústria da aviação no ano passado: dos 8,5 mil milhões de dólares (cerca de €6,4 mil milhões) inicialmente estimados, passou para 10,4 mil milhões de dólares (€7,9 mil milhões). Na origem da crise esteve o aumento do preço dos combustíveis para a aviação, cujo ‘pico’ se verificou a meio do ano passado, quando o barril de petróleo se aproximou dos 147 dólares. As consequências foram particularmente gravosas para as companhias que não estavam protegidas por contratos de aquisição antecipada ( hedging), como a TAP, que pagou uma factura de €703 milhões em combustível (um desvio de €190 milhões face ao orçamentado), no final de 2008. E, para agravar a situação, a procura começou a diminuir drasticamente, o que levou as companhias a reduzir as suas frequências, a cancelar rotas ou a estacionar alguns aviões em terra. Este ano, as previsões da IATA apontam para um prejuízo total de 9 mil milhões de dólares (cerca de €6,8 mil milhões). “Não existe precedente para este desmoronamento da economia. A nossa indústria foi abalada. Esta é a situação mais difícil que alguma vez enfrentámos. Em 2009, a quebra será de 15% — uma perda de receitas de 80 mil milhões de euros".
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